MENU

Nossas crianças não são ratos de laboratório

Identidade & Transformação.

fonte: Guiame, Cris Beloni

Atualizado: Segunda-feira, 3 Julho de 2023 as 3:19

(Foto: Unsplash/Mufid Majnun)
(Foto: Unsplash/Mufid Majnun)

“Os filhos são herança do Senhor, uma recompensa que ele dá”. (Salmos 127.3)

Questão de posicionamento

A criação dos filhos têm sido um tema controverso na sociedade atual. Enquanto a cultura tenta impor que crianças e adolescentes podem ser o que sentem ou o que querem, aprendemos através da palavra de Deus que eles são de nossa responsabilidade.

Cabe aos pais tratar da “herança do Senhor” com muito amor e conduzi-los à vida eterna. Mas, como cumprir essa missão quando estamos diante de uma geração que vai na contramão dos preceitos bíblicos?

A resposta está numa única palavra: relacionamento. Primeiro, o nosso relacionamento com Deus, pois é Dele que procedem as instruções e as decisões. E, segundo, o nosso relacionamento com os filhos, pois a obediência é fruto da intimidade.

Como tem sido o seu relacionamento com os filhos? Você tem um convívio saudável com eles? Você prioriza um tempo para ouvir quais são suas dores, medos e dúvidas?

A família é o maior projeto de Deus e a condução da família é a nossa primeira missão. Não podemos confiar nas escolas e nas instituições para educar nossos filhos, simplesmente porque este é o “nosso” papel.

(Foto: Yandex)

“Os filhos são herança do Senhor”

Gerar um filho e ter a oportunidade de cuidar dele é um presente de Deus — é isso que a herança significa, um patrimônio de sucessão. A Bíblia também diz que um filho é uma “recompensa” ou um “galardão” em outras versões.

Galardão é o mesmo que gratificação ou homenagem. Esse é o significado de um filho na vida de um casal. Mas, precisamos lembrar que cada filho é primeiro gerado por Deus, espiritualmente, com um plano e um propósito. Podem ser incluídos aqui também os filhos adotados e aqueles que geramos na fé.

(Foto: Yandex)

Como devem ser tratados os nossos filhos?

A Bíblia dá instruções claras quanto a isso, veja:

“Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças. Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar. Amarre-as como um sinal nos braços e prenda-as na testa. Escreva-as nos batentes das portas de sua casa e em seus portões”. (Deuteronômio 6.5-9)

Para ensinar nossos filhos a amar a Deus, temos que servir de exemplo. Ou seja, primeiro temos que praticar o que estamos ensinando e Jesus deve ser o nosso exemplo e referência em tudo o que fazemos.

“Tornem-se meus imitadores, como eu o sou de Cristo. Eu os elogio por se lembrarem de mim em tudo e por se apegarem às tradições, exatamente como eu as transmiti a vocês”. (1 Coríntios 11.1,2)

Não vivemos num mundo sem regras. Para tudo o que foi criado existe um propósito e uma organização. Até mesmo para os relacionamentos existem procedimentos dados por Deus para que sejam saudáveis e frutíferos. A obediência é a chave para o relacionamento entre pais e filhos.

“Filhos, obedeçam a seus pais no Senhor, pois isso é justo. Honra teu pai e tua mãe, este é o primeiro mandamento com promessa: para que tudo te corra bem e tenhas longa vida sobre a terra. Pais, não irritem seus filhos; antes criem-nos segundo a instrução e o conselho do Senhor”. (Efésios 6.1-4)

(Foto: Yandex)

Corrigir, disciplinar e repreender fazem parte do pacote da educação. A Bíblia diz que essas atitudes são para o bem, porque é necessário ensinar sobre as consequências de cada escolha dos nossos filhos.

“Meu filho, não despreze a disciplina do Senhor nem se magoe com a sua repreensão, pois o Senhor disciplina a quem ama, assim como o pai faz ao filho de quem deseja o bem”. (Provérbios 3.11,12)

E, levando em conta que a cultura da atualidade é cada vez mais “anti-Deus”, já que essa geração está abandonando os valores cristãos e os bons princípios, cabe aos pais ensinar sobre caráter, retidão, integridade e justiça. Nossos filhos só darão bons frutos se os ensinarmos a serem boas árvores.

“Meus irmãos, pode uma figueira produzir azeitonas ou uma videira, figos? Da mesma forma, uma fonte de água salgada não pode produzir água doce. Quem é sábio e tem entendimento entre vocês? Que o demonstre por seu bom procedimento, mediante obras praticadas com a humildade que provém da sabedoria”. (Tiago 3.12,13)

E o mais importante ao seguir esses ensinamentos bíblicos é a nossa presença na vida dos filhos.

“Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele”. (Provérbios 22.6)

Para ensinar devemos andar com eles, pois não existe EAD (ensino à distância) quando se trata de relacionamento e aprendizado entre pais e filhos. A nossa presença é fundamental, no lar, na mesa e no caminho.

É no decorrer do trajeto que pegamos nas mãos deles e ensinamos a direção. É durante a caminhada que ajudamos eles a se levantarem quando estão caídos. É na jornada que abraçamos, olhamos nos olhos, choramos juntos e comemoramos as vitórias. Nossos filhos precisam de nós em todas as etapas da vida, até que eles sejam os pais e tenham seus próprios filhos.

Nossa herança não pode ser abandonada

É por tudo isso que não devemos abandonar nossos filhos para a cultura, para escola e nem para a medicina. A nossa herança não pode ser abandonada para este século, pois nossos filhos foram criados para a eternidade. Preste atenção aos abismos que foram colocados nas estradas, que são os lugares comuns por onde nossos filhos passam.

(Foto: Yandex)

Política LGBT nas escolas — a ideologia transgênero está se espalhando de tal forma que muitas pessoas estão se acostumando com todas as “invenções” dos militantes que estão por trás de uma agenda mundial.

Querem ensinar aos nossos filhos que o gênero não depende mais do sexo biológico e que homem e mulher é uma questão de “sentimento” e não de biologia. Tentam empurrar a “linguagem neutra” como se dizer “todis” fosse uma revolução linguística. 

Tratamentos hormonais — nunca na ciência da medicina se viu tamanho absurdo, como a mutilação de adolescentes e jovens saudáveis. Estão chamando de “tratamento” o crime de administrar drogas fortíssimas como o Lupron (medicação usada no tratamento paliativo de câncer de próstata em estágio avançado) para “dar uma pausa” na puberdade.

Mas Deus não criou o ser humano com nenhum botão de pausa. Esse tipo de procedimento tem como consequência sérios problemas de saúde, como osteoporose, depressão e obesidade. Mas sobre isso não se vê notícias.

(Foto: Yandex)

Medicina transgênero — esse foi o pior dos absurdos, que usa uma ciência que deveria salvar vidas e amenizar a dor das pessoas para mutilar pessoas saudáveis, dizendo que “é possível trocar de sexo”. Há notícias de meninas de 12 a 15 anos que tiveram seus seios extraídos cirurgicamente porque “se sentiram meninos”.

Há mulheres sendo submetidas a cirurgias para retirada de útero e ovários saudáveis e em pleno funcionamento para que se sintam homens. E há homens tendo seus pênis retirados para dar lugar a uma tentativa de vulva, e dessa forma pensem que se transformaram em mulheres.

E quando denunciamos essas loucuras, nós somos os loucos, os intolerantes e os homofóbicos. Onde tudo isso vai parar?

Proteção às crianças

Lembrando que a reflexão de hoje é sobre os filhos. Como podemos ver crianças de 4 anos passando por tratamentos hormonais e adolescentes sendo mutilados em nome de uma ideologia sem falar nada?

Como podemos ver esses pequenos sendo usados como ratos de laboratório e sendo transformados em seres irreconhecíveis? Até quando a maioria vai se calar em nome de uma minoria que está fazendo experiências com seres humanos? Isso não é normal.

Não podemos responder por todos, mas temos a obrigação de responder por nossos filhos, pois chegará o grande dia em que prestaremos contas a Deus por tudo o que Ele colocou em nossas mãos.

“Se alguém não cuida de seus parentes, e especialmente dos de sua própria família, negou a fé e é pior que um descrente”. (1 Timóteo 5.8)

E esse foi o estudo desta semana. Espero ter tirado sua dúvida e também colaborado para seu crescimento espiritual. Beijo no coração e até a próxima, se Deus quiser!

Por Cris Beloni, jornalista cristã, pesquisadora e escritora. Lidera o movimento Bíblia Investigada e ajuda as pessoas no entendimento bíblico, na organização de ideias e na ativação de seus dons. Trabalha com missões transculturais, Igreja Perseguida, teorias científicas, escatologia e análise de textos bíblicos.

* O conteúdo do texto acima é de colaboração voluntária, seu teor é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.


Leia o artigo anterior: Ideologia LGBT: Descubra quanto vale cada ‘criança trans’ para a indústria farmacêutica

veja também