“Estamos a semanas da vitória”, diz Netanyahu sobre guerra contra Hamas

Israel pretende atacar a cidade de Rafah, o último bastião dos terroristas.

fonte: Guiame, com informações de Shalom Israel e CNN

Atualizado: Terça-feira, 27 Fevereiro de 2024 as 1:25

Benjamin Netanyahu. (Foto: Flickr/World Economic Forum)
Benjamin Netanyahu. (Foto: Flickr/World Economic Forum)

Durante uma entrevista nesta semana, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que a operação terrestre de Israel na Faixa de Gaza está avançando positivamente e que “chegar à vitória é uma questão de semanas”, conforme a Shalom Israel. 

Enquanto falava a uma TV norte-americana, Netanyahu continuou defendendo a operação planejada na cidade de Rafah, no Sul de Gaza, apesar dos avisos da administração do presidente dos EUA, Joe Biden, e da pressão das Nações Unidas para que os planos de intervenção não avancem. 

A cidade de Rafah fica na fronteira com o Egito e é o último bastião do Hamas, ou seja, o último refúgio dos terroristas. Há mais de 10 dias, Israel instruiu os militares do país a planejarem a “evacuação da população”, conforme a CNN. 

‘A vitória está à vista’

Até o momento, segundo as notícias, Israel tem evitado a intervenção em Rafah por estarem ali cerca de 1,3 milhão de civis palestinos. 

“Desde o início da intervenção israelita na Faixa de Gaza, a população de Rafah passou dos 180 mil para mais de 1,3 milhão, devido à fuga de muitos civis para a cidade”, mencionou ainda a CNN. 

Para Netanyahu, a intervenção em Rafah determinará o fim do conflito, já que o objetivo da guerra é destruir totalmente o grupo terrorista. “A vitória está à vista, e ela só é possível com a derrota do Hamas”, disse Netanyahu. 

“Assim que iniciarmos a operação em Rafah, a fase intensa da luta estará a semanas de ser completada, não meses”, reforçou o primeiro ministro. 

“Já destruímos 18 dos 24 batalhões dos terroristas do Hamas. Quatro deles estão concentrados em Rafah. Não podemos deixar esse último bastião do Hamas sem acabarmos com ele, visto que o nosso objetivo é a vitória total e ela está ao nosso alcance”, continuou. 

O que acontece com os reféns que estão com o Hamas?

Netanyahu disse que as atuais conversações que visam a libertação dos reféns não serão prejudicadas por conta da intervenção prevista em Rafah, conforme a Shalon Israel. 

A CNN informou que Rafah está sendo bombardeada há semanas com ataques aéreos e que o porta-voz militar israelense, tenente-coronel Peter Lerner, disse em entrevista que “Israel agora planeja a ofensiva terrestre, já que a outra alternativa seria se render ao Hamas”.

Se render ao grupo terrorista, no entanto, seria o mesmo que “sacrificar 134 pessoas”, explicou o tenente ao se referir aos israelenses feitos reféns em Gaza. 

Sobre as pessoas que estão refugiadas em Rafah

Depois de quase 4 meses de guerra, o único lugar seguro que restou em Gaza é Rafah, onde as famílias já vivem com grave escassez de alimentos, água, medicamentos e abrigo, e com o risco diário de serem mortas durante o conflito. 

Lerner, disse que os militares pretendem criar um plano que evacue os civis “fora de perigo” e diferencie os civis dos militantes do Hamas. No entanto, ainda não apresentou o seu plano de evacuação ao governo, disse ele à CNN.

A África do Sul chamou Rafah de “o último refúgio para as pessoas sobreviventes em Gaza” e sugeriu que a ofensiva de Israel ali “constituiria uma violação grave e irreparável tanto da Convenção do Genocídio” como da ordem judicial de janeiro do Tribunal Internacional de Justiça que exigia que Israel tomasse “todas as medidas” para prevenir o genocídio em Gaza.

A China apelou a Israel para parar as suas operações militares e fazer “todo o possível” para evitar baixas civis. “Nos opomos e condenamos os atos contra civis e o direito internacional”, disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China em nota.

Outros países criticaram as últimas decisões de Israel e Netanyahu tem estado sob crescente pressão pública para garantir a libertação dos reféns em Gaza, com algumas famílias criticando abertamente as táticas do governo.

O número total de reféns em Gaza é de 134. Desse número, 130 reféns são do ataque de 7 de outubro  — com 29 mortos e 101 que se acredita estarem vivos. Os outros quatro estavam detidos em Gaza antes do ataque.

“Só a continuação da pressão militar, até à vitória completa, resultará na libertação de todos os nossos reféns”, disse Netanyahu ao concluir. 

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