“O espírito que estava sobre Hamã é o mesmo que está sobre o Hamas”, avalia pastor

O pastor Joel Engel fez uma análise entre o contexto contado pelo livro de Ester e a situação dos judeus no mundo atual.

fonte: Guiame, Luana Novaes

Atualizado: Sexta-feira, 8 Março de 2024 as 3:43

(Foto: Wikimedia Commons/Hadi Mohammad/Fars News Agency)
(Foto: Wikimedia Commons/Hadi Mohammad/Fars News Agency)

Com a proximidade da festa de Purim, que celebra a salvação dos judeus narrada no livro de Ester, o pastor Joel Engel fez uma análise entre o contexto contado pela Bíblia e a situação dos judeus no mundo atual.

“O livro de Ester é o único livro bíblico que não menciona Deus, mas mostra Deus agindo na sociedade e na política. Qualquer semelhança que vemos nos dias atuais não é mera coincidência”, disse o pastor Joel Engel na terça-feira (5). 

“As coisas espirituais se repetem. É por isso que a nossa luta não é contra carne, mas contra os poderes espirituais.”

Engel observa que, no livro de Ester, é possível ver “o povo de Israel participando ativamente da vida civil, religiosa e política”, e observa: “Não há como separar uma coisa da outra; estamos envolvidos em todas essas áreas.”

Ester era uma rainha judia da Pérsia casada com o rei Xerxes I, um líder poderoso de sua época. Ela foi uma peça-chave para salvar os judeus da perseguição e extermínio planejado por Hamã, um alto oficial persa, ao revelar sua origem judaica ao rei e implorar pela proteção de seu povo.

“Hamã é inimigo dos judeus no sangue, de geração em geração. O único povo que tem inimigos que o odeiam gratuitamente é o povo de Israel”, avalia Engel.

O pastor explica que Hamã foi uma figura que surgiu no Império Persa e cresceu na política. “Por onde ele passava, o povo se curvava. Mas no meio da multidão, havia um homem de Deus que não abaixava sua cabeça para ele. Isso fez com que fosse nutrido em Hamã um ódio por Modercai.”

Paralelo entre passado e presente

Engel faz então uma comparação com os dias atuais, em que há uma guerra em andamento entre Israel e o grupo terrorista Hamas: “O espírito que estava sobre Hamã é o mesmo espírito que está sobre o Hamas, que busca ver as pessoas se curvando para ele.”

Para o pastor, parte disso se explica por um princípio bíblico de Êxodo. “No passado, quando Moisés liderou o povo hebreu à Terra Prometida, os amalequitas atacaram Israel covardemente, alvejando também mulheres e crianças. O Hamas fez o mesmo.”

E explicou: “Após a vitória contra o exército amalequitas, Deus deu uma palavra a Moisés: sempre haverá guerra contra Amaleque, em todas as gerações.”

Dentro do contexto político, Engel lembra que é importante honrar o mandamento bíblico, mas ter discernimento espiritual.

“Eu devo honrar as autoridades, conforme a Bíblia me orienta — mesmo que tenham usurpado seu cargo de autoridade. Mas eu devo me comportar como um ser espiritual que sabe que, atrás daquela pessoa, há um espírito que quer subjugar o nosso povo e colocar todos de joelhos.”

Engel fez ainda uma comparação com a perseguição religiosa sofrida por milhares de cristãos, especialmente em países dominados por ditaduras comunistas. “Não pense que porque hoje você não foi atacado, por estar em uma posição segura, você escapará. Quem sabe não foi para um momento como esse que você não foi chamado?”, questiona.

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