Blaise Pascal nos oferece um raciocínio lógico, matemático e muito prudente. Ficou conhecido como a aposta de Pascal, diz mais ou menos assim: “Se uma pessoa acreditar em Deus e ele não existir, não terá prejuízo, pois o cristianismo é uma forma satisfatória de se viver. Se acreditar em Deus e ele existir, terá lucro infinito, a salvação. Se não acreditar em Deus e ele não existir, não terá lucro nem prejuízo, pois não será salvo nem condenado. Se não acreditar em Deus e ele existir, então se dará mal, pois será condenado.”
Ou seja, se você crer em Deus e viver uma vida moralmente elevada seguindo as práticas cristãs e, ao final, depois da morte, não tiver nada, ainda assim você não terá perdido nada por ter tentado viver longe de tudo aquilo que faz errar, pecar e destruir os mais caros valores. Agora, e se depois de tudo descobrir que sim, existe uma vida eterna e todo o evangelho da cruz é a mais cristalina verdade, o que fará caso tenha feito as escolhas opostas à vontade de Deus? Enfim, seja como for, o melhor é crer em Deus.
Evidente que o mundo não tem seguido o raciocínio de Pascal. Vivemos numa sociedade cada vez mais anti Cristo e contra o Deus que é Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo. Por que específico o Deus Pai da trindade? Simples, porque existem uma infinidade de deuses aos quais a sociedade não se opõe. E não se opõe porque eles não incomodam. Já o Deus Único da bíblia incomoda muito, pois as regras e mandamentos bíblicos confrontam e denunciam toda a imoralidade nas relações humanas nos mais diferentes níveis.
E já que o Deus bíblico confronta e denuncia, o melhor é eliminar este Deus tão opressor, conclui o mundo. Assim, o ataque filosófico, materialista e secularista ao cristianismo é intenso em praticamente todas as partes do mundo.
O ateísmo ganha músculos e espaços a cada dia. Governos se afastam cada vez mais da moral bíblica. Leis afastam o evangelho das escolas. Deus vai sendo empurrado para dentro dos templos. Com ares de evolução e modernidade, os líderes e formadores de opinião que detêm o poder e assim concordam, comemoram suas posições como verdadeiros avanços da sociedade.
E em meio a falácia de tais avanços, o que exatamente temos visto? Uma geração de jovens na sua maioria entregue a álcool, drogas e promiscuidade, com um desrespeito impregnado na maioria de suas atitudes. Casais atolados em relações doentes causadas por tanta infidelidade. Crianças com uma educação cada vez mais terceirizada. Empresas e instituições dominadas por esquemas corruptos. Violência assustadora. Enfim, total diminuição e banalização do homem que é, em essência, a imagem de Deus.
Estão tirando Deus da equação, o resultado, portanto, será cada vez mais negativo. A conta do amor, da esperança, da paz, sem Deus, nunca vai fechar. E os opositores a Deus sabem disso, retirando Deus da equação, toda uma geração se corrompe e se deteriora. Aí, qualquer louco em forma de messias surge e apresenta suas soluções e filosofias que, sem o Deus confrontador, facilmente serão aceitas. Afinal, sem Deus, tudo pode, até aquilo que certamente só levará ao O Salmo 53, na tradução da Bíblia Viva, em palavras inspiradas e escritas antes de Cristo, já falava sobre este tempo: “O homem que diz: ‘Deus não existe!’, é completamente tolo. O resultado dessa ideia errada é a perda da moral, seguida de uma longa série de atos vergonhosos. Quem acha que Deus não se importa com nossa vida é incapaz de fazer coisas boas e certas.” Versos 1 e 2.
Ele se importa. E é só por isso que chances e oportunidades são renovadas todo dia ao homem que vira as costas para o seu Criador. Que o Eterno tenha misericórdia de nós, pois sem Ele jamais conseguiremos resolver a equação da vida, esta vida que a nossa geração está permitindo escorrer pelas próprias mãos.
Paz!
- Edmilson Mendes
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