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O que é a Festa de Purim?

O Purim relembra o episódio bíblico em que a rainha Ester intercede para salvar os judeus do Império Persa.

fonte: Guiame, Joel Engel

Atualizado: Quarta-feira, 28 Fevereiro de 2018 as 5:30

Judeus lendo o livro de Ester e filhos fantasiados durante o Purim, em Jerusalém. (Foto: AFP/Getty Images)
Judeus lendo o livro de Ester e filhos fantasiados durante o Purim, em Jerusalém. (Foto: AFP/Getty Images)

Numa decisiva manhã, por volta de 470 a.C, juntaram-se todos os judeus para celebrar a vitória sobre seus inimigos. O terror havia passado e suas tristezas se tornaram em alegria, por isso tinham de celebrar o livramento de Deus contra o astuto inimigo. Em Ester 9.21 está escrito: “Ordenou-lhes que guardassem o dia catorze do mês de adar e o dia quinze do mesmo, todos os anos”.

A ordem de Mardoqueu, um judeu cativo, ocorreu após intensa perseguição contra o povo de Deus. Essa história fascinante de livramento e restituição é narrada no livro de Ester, que apesar de não citar o nome de Deus uma única vez, demonstra por meio dos acontecimentos a onipotência do Todo Poderoso.

O livro inicia falando sobre a destituição de uma rainha, Vasti, que desonrou o rei Assuero ao recusar obedecer suas ordens. A solidão deste rei fez com que ele convocasse um desfile com as mulheres mais belas do reino, com o objetivo de escolher uma nova rainha.

Neste concurso o rei se encanta com a beleza de Ester, uma jovem judia, e seu encanto fez com que essa fosse escolhida para ser a nova rainha. A vitória de Ester representava o agir sobrenatural de Deus, mas que ainda não era percebido.

Enquanto Ester vencia o concurso e se tornava a nova rainha, seu pai adotivo Mardoqueu assumia uma posição de destaque entre os oficiais do governo. Isso possibilitou que ele descobrisse um plano de traição para assassinar o rei.

A posição de Ester e a afeição do rei por Mardoqueu ajudaria o povo judeu a sobreviver diante da perseguição implacável de Hamã, um inimigo astuto que decidiu exterminar os judeus devido à recusa de Mardoqueu em se curvar diante dele.

Quando a perseguição foi superada e Ester e Mardoqueu receberam do rei Assuero autoridade para proteger os judeus, um decreto de celebração é liberado. Todos os anos, em 14 e 15 de adar, os judeus deveriam celebrar a Festa de Purim.

Desde então, a Festa de Purim é celebrada pelo povo judeu em comemoração a salvação que receberam na antiga Pérsia contra o plano do maligno Hamã que prometeu “destruir, matar e aniquilar todos os judeus, jovens e velhos, crianças e mulheres, num único dia”.

Se analisarmos com cautela o conteúdo da trama do livro, veremos algumas lições preciosas, entre elas o agir de Deus nos bastidores da história. Desde a recusa de Vasti em obedecer o rei, a solidão que o mesmo sentiu a ponto de buscar uma nova rainha, a conspiração pela morte de Assuero e a posição de Mardoqueu, tudo parece apontar ter sido planejado por um Ser Supremo.

Todos os personagens e eventos narrados em Ester são comprovados por achados históricos, a maioria destes achados de origem babilônica e grega. E a celebração convocada por Mardoqueu, dotado de autoridade real, serviria como constante recordação do grande livramento que tiveram os judeus das mãos do malvado Hamã.

Por isso, a festa de Purim é celebrada por judeus de todo o mundo, até os dias de hoje. Como memória de tudo o que o Senhor fez por aquele povo, que é narrado em um drama de poder, romantismo, intriga, traição e livramento.

Ester comemora este decreto dizendo: “Como os dias em que os judeus tiveram repouso dos seus inimigos, e o mês que se lhes mudou de tristeza em alegria, e de luto em dia de festa, para que os fizessem dias de banquetes e de alegria, e de mandarem presentes uns aos outros, e dádivas aos pobres” (Ester 9.22).

* O conteúdo do texto acima é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

 

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