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Eficaz, porém ineficiente

O desafio é imenso, não apenas em Nova York, mas em todos os grandes centros. Tanto aqui como Berlim, São Paulo, BH ou Calcutá, precisamos encontrar os meios para abordar esses grandes cardumes. Uma igreja eficaz, porém ineficiente precisa rever seus métodos

fonte: guiame.com.br

Atualizado: Segunda-feira, 13 Outubro de 2014 as 11:27

Nova YorkNova York pode deixar muita gente deslumbrada! A cidade faz parte do imaginário popular de muitos ao redor do planeta. Eu nunca senti esse apelo tão forte, mas como nossos caminhos se cruzaram há algum tempo, aprendi a admirá-la. Esse gostar, entretanto, não se traduz por deslumbramento. Estou bem ciente do drama por trás do glamour. Ainda ontem andando por suas ruas, bateu-me uma agonia imensa… É muita gente perdida! Todos os povos da terra encontram-se nessa grande esquina do mundo. Deveriam ser supostamente alcançados uma vez que se encontram no maior país “evangélico” da terra. Isto não acontece. A Igreja perdeu sua eficiência por aqui. Quem lê entenda: A Igreja americana é muito eficaz quando quer fazer alguma coisa, porém pouco eficiente. Isto acontece quando a eloquência e o método tomam o lugar da paixao pelas almas e da dependência do Espírito Santo.

Falando em paixão por almas, Paulo tinha paixão pelos grandes centros urbanos como fica evidente em seu currículo. Suas palavras aos Coríntios revelam o segredo da eficácia e eficiência de seu ministério. “Minha mensagem e minha pregação – diz – não consistiram de palavras persuasivas de sabedoria, mas consistiram de demonstração do poder do Espírito Santo.” Se perguntarmos o que vêm a ser essa tal “demonstração de poder do Espírito Santo” talvez precisássemos de mais uma dúzia de páginas para apenas arranhar a superfície do tema. O fato é que o segredo do sucesso do ministério de Paulo assenta-se sobre esse “poder,” não sobre uma metodologia esperta.

Sofisiticada, a igreja americana, desenvolveu metodologias inteligentes, muitas baseadas sobre “palavras persuasivas de sabedoria.” O fenômeno das mega igrejas (locais), que é recente na história da igreja chama a atenção. As reuniões dirigidas por Joel Osteen, em Dallas no Texas, é um exemplo. Voltamos os olhos para a impressionante coluna de fumaça observada sobre tais ajuntamentos, mas não verificamos a presença do fogo! Esses modelos – como tudo mais o que se produz nos EUA – tem sido franquiados e exportados para outros cantos do mundo. Em nenhum lugar, entretanto, se encontra registro de ação e intervenção consistente do Deus dos antigos.

O desafio é imenso, não apenas em Nova York, mas em todos os grandes centros. Tanto aqui como Berlim, São Paulo, BH ou Calcutá, precisamos encontrar os meios para abordar esses grandes cardumes. Uma igreja eficaz, porém ineficiente precisa rever seus métodos. Ser eficaz (fazer o que precisa ser feito) é bom e desejável, mas não é suficiente. Eficácia e eficiência (fazer bem feito o que tem que ser feito), eis o segredo. Não, não precisamos reinventar a roda! Mas, sem dúvida alguma, precisamos reavaliar as estratégias.


- Luiz Leite

 

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