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Provocação

Provocação

Atualizado: Quinta-feira, 24 Novembro de 2011 as 10:54

A interpretação errada de uma situação comumente reconhecida como 'provocação' pode trazer muito desconforto e nenhum benefício. É curioso como cedemos fácil e rápido  a essas provocações e como, na maioria das vezes, reagimos de modo equivocado. A provocação em si não é grande coisa. O problema reside na forma como respondemos a ela. Se não fôssemos tão emocionais lidaríamos melhor com tais situações.

Sermos emocionais não é um problema pois a emoção é um elemento fundamental na composição da nossa humanidade; o problema é sermos 'tão' emocionais... Como esse adverbiozinho faz diferença!  Ser humano significa, entre outras coisas, ter a capacidade de emocionar-se, mas quando a dose da emoção ultrapassa os níveis considerados normais, o equilíbrio estará comprometido.

Sem equilíbrio, essa sintonia fina necessária para mediar as relações sempre complexas do mundo intra e interpessoal,  o sono vira insônia. O caos intaura-se. A resposta a qualquer provocação deve ser conduzida de modo inteligente. Como sal, a emoção deve ser usada sob medida e com o cuidado de um chef, de outro modo põe-se a perder a iguaria.

Ser emocional é tão natural em mim como produzir insulina. Entretanto,  o excesso ou a falta, em ambos os casos, vai resultar em algum dano. Responder com emoção às provocações 'faz parte'; empregar muita emoção, todavia, certamente causará distúrbios. Controlar esse fluxo de emoções é tarefa difícil pra maioria das pessoas.

Os Estóicos valorizavam muito a moderação, o equilíbrio, e conduziam a emoção na corda curta, mas de um modo extremado, a ponto de o termo estóico tornar-se sinônimo de insensível. Cultivavam a apathea,  valorizavam a indiferença a tudo& Nisto acertou em cheio o velho Zenão de Cítio (334-262 a.C.), pai da escola filosófica referida. Concordando com ele, pelo menos neste ponto sou estóico.

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