Por que resolvi tratar deste assunto? Porque sei que muitos cristãos podem ainda ter dúvidas sobre a importância de dizimar nos dias atuais. Por outro lado, lemos em Gênesis que Abrão deu o dízimo de tudo! Mas Abrão não viveu muito antes da lei de Moisés, que instituiu o dízimo? Vamos examinar isso.
Houve uma guerra entre vários reis, na qual estavam envolvidos os de Sodoma e Gomorra. Ló, o sobrinho de Abrão que morava em Sodoma, foi levado como prisioneiro de guerra. Quando Abrão soube disso, convocou seus homens treinados para resgatar Ló. Deus fez com que Abrão fosse bem-sucedido na guerra, de modo que ele voltou com Ló e sua família.
O que Abrão fez então? Foi até Melquisedeque, que era sacerdote, e ofereceu a ele o dízimo de tudo o que foi conquistado na guerra. O relato está em Gênesis 14.20.
É importante você perceber esse alto grau de generosidade de Abrão, que caracteriza toda pessoa que deseja ser um administrador fiel dos recursos de Deus. Em termos da lei, Abrão não era obrigado entregar o dízimo porque a lei sequer havia sido instituída. Mas ele tinha uma lei interior, um coração voltado para Deus. Ele reconheceu a importância de entregar o dízimo. E qual era a função prática do dízimo aqui? Dar apoio financeiro a Melquisedeque, um sacerdote do Deus altíssimo.
Posteriormente o dízimo foi instituído por lei, mas veja que essa prática de dizimar já existia bem antes e caracterizava a generosidade das pessoas que procuravam ser fiéis a Deus.
Jacó, ao fazer um voto a Deus, também prometeu dar o dízimo de tudo como reconhecimento da ação de Deus sobre sua vida. Veja o que ele disse: Esta pedra que pus como pilar será a tua casa, ó Deus, e eu te entregarei a décima parte de tudo quanto me deres (Gênesis 28.22).
Será que você é uma pessoa generosa o suficiente para entregar seu dízimo mesmo se isso não for obrigatório? Acredito que Deus pode fazer de você uma pessoa cada vez mais generosa. Mas lembre-se: a generosidade começa na igreja local, na comunidade de pessoas que desejam levar a Deus a sério.
Mesmo no Novo Testamento, Jesus, ao se dirigir aos fariseus, que muitas vezes agiam de forma hipócrita, recomendou que continuassem a dar o dízimo. Confira em Mateus 23.23. O fato é que não há contraindicação a dizimar na igreja local. Oro para que Deus toque o seu coração se você ainda não for dizimista. Claro que o dízimo não é tudo. Além de dizimar, você precisa aprender e praticar os outros princípios bíblicos de administração do dinheiro que estamos apresentando aqui.
Conclusão: O dízimo existia muito antes da lei. Pessoas como Abrão e Jacó, que levavam Deus a sério, dizimavam. Então: sempre que receber seu salário, separe 10% e leve-os imediatamente para sua igreja local.
Por Paulo de Tarso, pastor, engenheiro e mestre em Teologia. Fundador do Ministério Finanças para a Vida, que ensina pessoas de todas as idades a administrar o dinheiro de acordo com a Bíblia. É autor dos livros “Sucesso Financeiro” e da série “Finanças em Ação”.
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