
“Porque a rebelião é como o pecado de adivinhação, e a obstinação é como a iniquidade de idolatria. Porquanto rejeitaste a palavra do Senhor" (1Sm 15.23).
O novo nascimento mexeu tanto comigo que a justiça passou a ser um dos meus pratos preferidos. E assim descobri quão bem-aventurados são aqueles que têm fome e sede de justiça.
Esta disposição é apenas para quem nasceu de novo, portanto, não nasce em religiosos.
Durante o meu processo de crescimento assisti a ocupação gradativa de nossos púlpitos por agentes da injustiça, algo que não fez bem aos meus olhos.
Com o crescimento desta nova espécime pastoral, aumentou a demanda por versículos bíblicos que poderiam oferecer uma blindagem e preparar um ambiente favorável à sua sustentabilidade. O versículo acima, por exemplares, é usado como um cala-boca profético. Uma fórmula, que ao ser aplicada, diminui ou esconder o nosso apetite pela prática da justiça.
Uma gambiarra hermenêutica empurrou princípios deuteronômicos guela abaixo do corpo de Cristo, onde o sacerdócio é universal. No contexto corporativo, o título e diploma de teologia transformam uma pessoa em pastor. Não aprendemos isto na Palavra, ela coloca funções de pastoreamento nas mãos de quem recebeu o dom de pastorear.
A linha que separa o clero do laicato está se tornando cada vez maior, transformando a nós, pastores, em seres especiais, intocáveis e inimputáveis. Podemos fazer o que quisermos e nada nos atingirá.
Que desgraça, amados. Eu preciso de sua intervenção sempre que tropeçar em alguma pedra. Não me deixe só.
Seja para mim o que Samuel foi para Saul, um rei ungido. Eu sou igual a você, independente do meu título.
"Samuel porém disse a Saul: Não voltarei contigo; porquanto rejeitaste a palavra do Senhor, e o Senhor te rejeitou a ti, para que não sejas rei sobre Israel".