Samphel foi criado na fé budista e passou a enfrentar uma intensa perseguição depois que se rendeu a Jesus Cristo. Ele passou a frequentar uma igreja em Thimphu, no Butão, mas apanhou de seu irmão na frente de todos por causa de sua conversão.
“Ele cuspiu em mim e falou para eu voltar para o meu vilarejo. Mas eu permaneci firme e continuei com o ministério”, disse ele à organização Portas Abertas. Em outra ocasião, seu irmão mais velho ameaçou matá-lo. “Ele ficou batendo na porta da casa do pastor dizendo que iria me matar. Eu me escondi lá dentro com medo”.
“Aceitar Jesus foi fácil, mas viver a minha fé teve um preço”, afirmou Samphel que hoje, aos 40 anos, relembra todas as dificuldades que enfrentou desde o início de seu ministério, quando abriu um açougue para despistar suas atividades religiosas.
Certa vez, a polícia chamou Samphel para perguntar se ele estava envolvido com o ministério cristão. “Sim, estou, mas é muito pequeno”, ele respondeu. Por conhecer o policial, ele foi liberado sem receber medidas mais sérias.
Samphel foi pastor na região central do Butão por 18 anos. “Em 2000, nosso ministério começou apenas com nossa família e foi crescendo gradualmente. Nós não tínhamos uma igreja, então nos reuníamos nas casas — o que ainda é verdade hoje”, relembra o pastor.
Cerca de um ano atrás, ele se mudou para Thimphu, onde desenvolve seu ministério agora. Samphel tem uma pequena farmácia e conta que já encontrou espiões do governo em seu estabelecimento em algumas ocasiões. “Eu nunca fui chamado para interrogação, mas tenho certeza de que o governo já me notou aqui”, revela.
Em mensagem voltada aos cristãos do mundo inteiro, o pastor Samphel pede orações por seu ministério no Butão. “Ele está construindo uma casa em Thimphu e dedicará um cômodo para as reuniões da igreja, e pede que oremos por isso”, disse a organização.