Cinco iranianos são condenados a 25 anos de prisão por se tornarem cristãos

Os homens foram acusados de “promover propaganda contra a República Islâmica”.

fonte: Guiame, com informações de Iran International

Atualizado: Terça-feira, 25 Junho de 2024 as 9:21

Imagem ilustrativa. (Foto: Unsplash/Khashayar Kouchpeydeh).
Imagem ilustrativa. (Foto: Unsplash/Khashayar Kouchpeydeh).

Cinco iranianos que se converteram ao cristianismo foram condenados à prisão, somando sentenças de mais de 25 anos de detenção.

Na última quarta-feira (19), o grupo de direitos humanos Hengaw informou que o Tribunal Revolucionário de Ahvaz condenou Hamid Afzali, Nasrollah Mousavi, Bijan Gholizadeh e Iman Salehi a 10 anos de prisão cada, Zohrab Shahbazi recebeu 9 meses, totalizando 25 anos e 9 meses.

“Até agora, não há informações disponíveis sobre as acusações específicas contra esses cinco cristãos convertidos ou os detalhes de suas acusações", afirmou o grupo.

O Artigo 18, uma organização que apoia cristãos perseguidos no Irã, relatou que os cinco cristãos detidos são da cidade de Izeh, na província do Khuzistão.

"As condenações foram baseadas no artigo 500 do Código Penal, que tem sido usado em inúmeras ocasiões para condenar cristãos", disse a organização.

Outro cristão convertido de Izeh, Yasin Mousavi, também foi condenado a 15 anos de prisão por "pertencer a um grupo com a intenção de perturbar a segurança nacional" e por "propaganda contra o regime por meio da promoção do cristianismo 'sionista'", segundo o jornal Mohabat News.

Mousavi já havia sido preso em 2022, durante a revolta nacional no país chamada de protestos “Woman Life Freedom”. No ano seguinte, o cristão voltou a ser preso, em uma onda de repressão aos cristãos em Izeh pelas forças de inteligência.


Yasin Mousavi (Foto: Mohabat News).

Perseguição no Irã

O Irã é um país predominante muçulmano e o governo islâmico persegue os cristãos, proibindo igrejas, Bíblias e evangelismo. 

Líderes e cristãos descobertos podem enfrentar prisão e tortura, principalmente se deixaram o Islã para seguir a Cristo, já que renunciar ao islamismo é proibido pela Sharia (lei islâmica).

Apesar da forte perseguição, a igreja secreta continua crescendo no país, segundo um relatório do Artigo 18.

O país ocupa a 9ª posição da Lista Mundial da Perseguição 2024 da Missão Portas Abertas.

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