Um evangelista brasileiro foi hostilizado, agredido e ameaçado por um grupo de cerca de 30 muçulmanos, enquanto pregava com sua placa na Times Square, em Nova York, nos Estados Unidos.
Marcos Nürmberger – que já teve seu trabalho evangelístico noticiado pelo Guiame – está acostumado a debater respeitosamente com pessoas de diversas religiões, como islâmicos, hindus e satanistas, durante os quase 9 anos que evangeliza na avenida mais movimentada dos EUA.
Porém, o que aconteceu no último domingo (2) foi diferente. Em entrevista ao Guiame, Marcos contou que estava parado na Times Square, enquanto um evento islâmico acontecia a alguns metros de distância.
Ao perceber que o evangelista estava anunciando Jesus, muçulmanos se aproximaram e começaram a hostilizar e ameaçar Marcos, que gravou o momento com seu celular.
“Um [muçulmano] veio bravo, me empurrou, me ameaçou e foi embora”, disse o evangelista.
“E chegou outro e disse: ‘Está tendo um ajuntamento islâmico aqui, você não quer ir lá falar com eles’. Eu disse: ‘Não, estou bem aqui’”, acrescentou.
Confrontando o Evangelho
Marcos relatou que não estava próximo ao evento islâmico e não provocou os participantes de nenhuma forma. “Eu não estava próximo a eles, estava na outra esquina”, explicou.
Passados cinco minutos, um grupo maior de islâmicos se aproximou e passou a intimidar o pregador.
“De repente, alguém me chamou, virei as costas e tinha uns 25, 30 me confrontando”, contou ele.
Os muçulmanos disseram que o Alcorão afirma que o Jesus pregado por Marcos não era Deus. “Um deles estava com uma Bíblia na mão. Eles usam versículos sem contexto, só veem Jesus como homem. Eles sempre tentam diminuir Jesus”, comentou o brasileiro.
O evangelista argumentou com versículos da Bíblia que Cristo é o filho de Deus. “Está escrito no seu Alcorão que Jesus é o Messias no capítulo 3, versículo 45. A minha Bíblia também fala e Ele mesmo disse que é o Messias. Abra aí o Alcorão e leia em voz alta”, disse ele.
Agredido na Times Square
Então, um professor islâmico abriu o livro islâmico e leu o texto em voz alta. “Aí está! Está dizendo que Jesus é o Messias”, destacou Marcos.
Em seguida, os muçulmanos começaram a ficar mais irritados com o que ouviam, até que um dos homens agrediu Marcos.
“Eu disse que Jesus é o único caminho, a verdade e a vida, e um deles veio e deu um soco na minha mão, e o celular caiu no chão. Eles se sentiram confrontados com o Evangelho”, disse Marcos.
Aos agressores, ele ainda declarou: “Eu não odeio vocês, amo todos vocês, eu respeito todos vocês”. “O primeiro homem que aparece no vídeo é famoso no país por confrontar cristãos. O plano dele é ir aonde tem cristãos [pregando]”, observou.
Durante o ataque, cinco cristãos ucranianos que estavam no local se aproximaram e ajudaram a defender o Evangelho. Os islâmicos pararam e escutam com atenção a explicação dos ucranianos. “Foram enviados por Deus”, testemunhou Marcos.
“O Senhor nos chamou para falar dele onde estivermos. A Palavra foi plantada e não volta vazia. Sei que não foi nada pessoal, o diabo engana as pessoas. A batalha é espiritual”, enfatizou.
“Já fui ameaçado de morte cinco vezes”
Marcos contou que sentiu medo, mas ficou firme, porque Deus estava com ele e porque o Evangelho precisava ser anunciado aos perdidos.
“Quando eu vi aquele grupo de 30 me confrontando, me assustei um pouco. Mas lembrei que, há 8 anos, Jesus me disse bem claro: ‘Todos os que vierem até ti, sou eu quem estou trazendo – seja satanista, muçulmano, ateu, LGBT – então fale com eles com amor, com humildade, mas seja direto’”, revelou.
E refletiu: “Quantos cristãos já foram mortos pelo Evangelho. A nossa vida está na mão do Senhor. Já fui ameaçado de morte na Times Square cinco vezes”.
“Podem ameaçar, falarem, o importante é o Evangelho ser pregado, a semente ser plantada. Um planta, outro rega e o Espírito Santo é quem faz crescer. Deus ama todos. Ele ama o pecador, mas odeia o pecado”.
Nos últimos anos, o brasileiro tem pregado com placas evangelísticas na Times Square, onde acontecem muitos eventos religiosos e protestos com pessoas de várias nacionalidades.
“Eu estou lá para falar de Jesus. Peço sabedoria e graça a Deus para falar com cada um. Não estou lá para provocar ninguém”, concluiu o evangelista.
