Garoto cristão é sacrificado e irmã estuprada por feiticeiro durante ritual, em Uganda

A garota de 13 anos e seu irmão de 11 foram sequestrados por uma muçulmana, que os vendeu ao feiticeiro.

fonte: Guiame, com informações do Morning Star News

Atualizado: Quinta-feira, 1 Outubro de 2020 as 9:27

Abdulmajidu foi morto por um feiticeiro (ou xamã) islâmico durante um ritual de sacrifício, em Uganda. (Imagem: Morning Star News)
Abdulmajidu foi morto por um feiticeiro (ou xamã) islâmico durante um ritual de sacrifício, em Uganda. (Imagem: Morning Star News)

Um relatório perturbador de Uganda é a mais recente confirmação de uma prática maligna que ocorre no país, segundo relatos publicados anos atrás.

Uma menina cristã de 13 anos e seu irmão de 11 foram sequestrados por uma muçulmana radical há dois anos e vendidos a um feiticeiro para um ritual de sacrifício.

A agência Morning Star News (MSN) relata que Sulaiman Pulisi, um ex-imã que se tornou cristão três anos atrás, disse em julho de 2018 que sua filha, então com 13 anos, e seu filho Abdulmajidu, então com 11 anos, desapareceram de sua casa na Aldeia Kachiribong, cidade de Kasasira, no leste de Uganda.

A polícia local encontrou a filha de Pulisi na casa de um feiticeiro ou xamã muçulmano chamado Isifu Abdullah, no dia 16 de setembro.

"Estamos de luto por nosso filho que supostamente foi sacrificado", disse Pulisi ao Morning Star. "Estamos de luto com minha filha, que foi estuprada, usada como objeto sexual pelo xamã muçulmano".

As autoridades policiais descobriram mais tarde que Sania Muhammad, uma mulher muçulmana que vivia em Kasasira, localizada no leste de Uganda, e duas outras haviam vendido as duas crianças ao feiticeiro em represália pela conversão de seu pai ao cristianismo.

A polícia acredita que Abdullah oferece sacrifícios humanos como parte de suas atividades de bruxaria, de acordo com a Morning Star News. Tanto o feiticeiro quanto a mulher foram presos pelo desaparecimento do menino e aguardam julgamento.

‘Mercado’ de sacrifícios

Existem cerca de 3 milhões de "curandeiros" ou feiticeiros tradicionais em Uganda. Conforme relatado anterioermente pela CBN News, centenas de crianças de Uganda são sequestradas e assassinadas como parte de um lucrativo ‘mercado’ de sacrifícios humanos.

Em 2017, o correspondente internacional sênior da CBN News, George Thomas, juntou-se a detetives disfarçados, polícia armada e um pastor à caça de um feiticeiro acusado de sequestrar e matar crianças.

O pastor Peter Sewakiryanga liderou a busca. Ele é diretor do ‘Kyampisi Childcare Ministries’, um projeto cristão que visa combater o sacrifício de crianças em Uganda. Ele descreve o ritual brutal dos feiticeiros.

"Quando pegam a criança, na maioria das vezes cortam o pescoço, tiram o sangue, tiram o tecido, cortam os órgãos genitais ou qualquer outro órgão do corpo que eles desejam que os espíritos queiram", relatou.

O pastor Peter diz que esses crimes horríveis acontecem quase todos os meses.

“O problema está aumentando e muitas crianças são mortas, e são muito poucas que realmente sobrevivem, a maioria delas morre”, contou.

O sacrifício de crianças em Uganda é um problema tão sério e generalizado que o governo até criou uma força-tarefa para combater esse crime, que também envolve o tráfico humano.

Superstição e dinheiro

Mike Chibita é o principal oficial de segurança de Uganda. Ele diz que a superstição e o desejo de enriquecer rapidamente contribuem para as altas taxas de sacrifício infantil em seu país.

"A conexão é que esses feiticeiros se aproximam das pessoas que querem ficar ricas e dizem que, para ficarem ricas, é preciso sacrificar sangue humano", disse Chibita, que atua como diretor de promotoria pública de Uganda.

O Kyampisi Childcare Ministries é a única organização no país que oferece assistência médica e financeira a longo prazo para crianças sobreviventes de tentativas de sacrifício humano.

“Queremos que a vida de uma criança que sobreviveu seja sustentada, que ela seja socialmente capaz de suportar e se curar dos ferimentos e que possa ter uma vida depois disso”, disse o pastor Sewakiryanga.

Ele também trabalha com legisladores de Uganda, como Komuhangi Margaret, para ajudar a redigir leis específicas voltadas para os perpetradores de sacrifício infantil.

"Todo ugandês deve acordar e dizer: 'Não ao sacrifício de nossos filhos'", disse Margaret. "Nossos filhos são o futuro deste país".

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