Uma igreja localizada no estado indiano de Telangana foi destruída por supostos nacionalistas hindus. A Grace Prayer House, que é frequentada por cerca de 180 cristãos, foi demolida na madrugada de 31 de agosto.
A congregação é liderada pelo pastor Shyam Kumar, que ministra na área há onze anos. "Por volta das 2h, minha esposa acordou assustada depois de ouvir sons altos do lado de fora", disse o pastor ao Persecution Relief sobre o último incidente.
"Quando corremos para verificar, vimos alguns homens da comunidade demolindo o prédio da nossa Igreja. Eles fugiram depois de nos ver", contou.
Esta não é a primeira vez que a igreja enfrenta oposição - no ano passado, o prédio foi invadido durante o culto de domingo e os fiéis foram expulsos por uma multidão de um movimento nacionalista hindu chamado Sangh Parivar.
Os agressores reivindicaram a propriedade da terra mostrando documentação falsa e até mesmo apresentaram uma queixa policial contra o pastor Kumar.
Há suspeitas de que o mesmo grupo está por trás desta última demolição. “Em 2019, os mesmos homens que derrubaram nossa Igreja, interromperam nosso culto dominical, nos forçaram a sair e trancaram a Igreja”, acrescentou Kumar. “Nós imediatamente entramos com uma queixa policial contra eles e o inquérito está em andamento.
“Refúgio para moradores”
O Pr. Kumar diz que a igreja era um "refúgio seguro para moradores de favelas carentes para orar e adorar Jesus Cristo juntos".
"Ao longo de um período de 10 anos, contribuímos meticulosamente com tudo para construí-la e mantê-la", acrescentou. "Agora, foi violentamente tirada de nós."
“É profundamente preocupante ver que a Grace Prayer House foi alvo de um ataque direcionado do Sangh Parivar. As famílias dependem de sua igreja local como um lugar de esperança e fonte de alegria e paz ao se reunirem para a oração coletiva”, disse Mervyn Thomas, fundador da Christian Solidarity Worldwide (CSW), em resposta ao incidente.
"A destruição da propriedade é uma tentativa de enviar uma mensagem à comunidade cristã da aldeia de que sua religião não é bem-vinda e uma violação direta do direito da comunidade de praticar sua religião. Pedimos à polícia que tome medidas concretas contra aqueles que estavam por trás do assédio desses cristãos e da destruição de seu local de culto, garantindo que a justiça fosse feita”, concluiu.