Militares da Nigéria e de Camarões libertaram 686 prisioneiros do Boko Haram em duas operações distintas.
Segundo a missão Portas Abertas, ainda não há informações sobre os cristãos entre os libertos, mas “esse é um motivo de louvor a Deus por responder às orações e perseverar na intercessão por outros reféns”.
No início de maio, a operação Alpha libertou 300 prisioneiros do grupo terrorista no extremo norte de Camarões. Entre os reféns estavam 191 crianças, 99 mulheres e dez homens. Muitos deles estão em processo de repatriação para retornarem às suas famílias.
Na última terça-feira (21), a imprensa nigeriana informou que 386 pessoas foram resgatadas na floresta de Sambisa. A maioria eram mulheres e crianças e muitas delas já estavam em cativeiro há dez anos.
Em uma entrevista recente, o general Haruna explicou que a operação denominada “Desert Sanity 111” durou 10 dias e teve como objetivo “limpar a floresta de Sambisa dos restos de todas as categorias de terroristas”.
Esperança para as vítimas
Em abril, a Portas Abertas publicou um artigo sobre os 10 anos do sequestro das meninas de Chibok. Lydia Simon, uma das vítimas, foi libertada com seus três filhos no mesmo dia em que foi sequestrada há uma década.
Durante o culto em memória aos 10 anos do sequestro, Yana Gala, uma mãe de Chibok, relatou:
“Minha esperança e oração é que o Deus que não falha traga de volta nossas filhas. Mesmo que elas tenham filhos agora, não importa a condição em que se encontrem, nós as queremos mesmo assim”.
A filha de Yana, Rifkatu, ainda está entre os desaparecidos.
Em 14 de maio, Leah Sharibu completou 21 anos. Há seis anos, ela está nas mãos dos terroristas.
De acordo com a missão, a jovem permanece presa por se negar a se converter ao islã e usar o hijab (véu islâmico).
A Portas Abertas e as famílias das meninas de Chibok e de Leah Sharibu concordam que “Deus é a única solução para esses casos e que a oração contínua é o único recurso”.
“Convidamos todos os cristãos a intercederem pela libertação de todos os reféns do Boko Haram”, concluiu a missão.
A Nigéria ficou em 6º lugar na Lista Mundial de Observação da Missão Portas Abertas de 2024 dos lugares mais difíceis para ser cristão.