Depois do terremoto que atingiu a Turquia de forma trágica, deixando mais de 38 mil mortos no país, sem contar os mortos na Síria, ficou bem claro que as pessoas se abrem mais para o Evangelho na dor e no caos.
“Eu creio que Deus tem um propósito para todas as coisas e se o Senhor lhes permitiu passar por isso e ainda nos trouxe até aqui, não pode ser uma simples coincidência”, disse um missionário que não pode ser identificado por motivos de segurança.
Em entrevista exclusiva ao Guiame, ele contou que o terremoto destruiu praticamente 80% de algumas regiões. “Os lugares terão que ser quase completamente reconstruídos, e por que não reconstruí-los sobre os fundamentos do Evangelho?”, perguntou.
“Que o Senhor dê sabedoria e discernimento para que cada missionário nesta nação possa direcionar as pessoas a Cristo e reestruturar não apenas os prédios mas o coração de cada um sobre a Rocha que é Cristo”, disse ainda.
‘Falar diretamente de Jesus pode criar uma barreira’
“Assim que soubemos da notícia do terremoto, começamos a nos mobilizar entre os amigos que conhecemos, entre eles russos, colombianos, brasileiros, chilenos e venezuelanos”, contou o missionário sobre o fatídico dia 6 de fevereiro.
Estando em um país fechado para o Evangelho, ele lembra das estratégias que usava antes do terremoto para levar o amor de Jesus em meio aos turcos.
“Nossas ações para alcançar as pessoas com o Evangelho são menos invasivas, pois ao iniciar uma conversa falando diretamente sobre Jesus, cria-se uma barreira e isso faz com que a pessoa não se abra tanto para conversar”, disse ao se referir ao contexto muçulmano no país.
De acordo com o missionário, antes da tragédia, só havia conversas onde o cristianismo era incluído em casos de debates sobre assuntos relacionados às duas fés: islâmica e cristã.
Estratégias de evangelização
Antes do terremoto, o missionário conta que a conversa com os turcos começava com assuntos do dia a dia e que uma das formas usadas para falar do Evangelho era deixando Bíblias espalhadas pela cidade.
“Deixávamos em alguns locais estratégicos, para que as pessoas encontrassem e pudessem ler. Assim o próprio Senhor lhes convencia a respeito de tudo. Quando fazíamos isso, orávamos para que Deus direcionasse as pessoas certas. Pedíamos para encontrá-las, um dia, para falar sobre o livro. E isso já aconteceu”, revelou.
“Outra maneira de chamar a atenção das pessoas para Cristo era fazendo uma ‘caminhada de oração’ pela cidade, por bairros ou em locais específicos que o Senhor direcionava”, disse.
‘Orem por nós’
O missionário pede orações e explica que os recursos financeiros são necessários para que a obra seja feita, mas que a intercessão da Igreja por aqueles que estão em campo é algo ainda mais necessário e poderoso.
“Ajudem em oração para que a obra do Senhor seja feita e para que tudo isso se transforme em benção na vida das pessoas. Que elas possam conhecer a Cristo e que seus corações estejam abertos para receber a Palavra. Que sejam transformadas pelo poder do Espírito Santo”, destacou.
“Quanto aos que perderam suas vidas nesse desastre, não há nada que possamos fazer, mas ainda há esperança para aqueles que sobreviveram”, concluiu.
Caso queira ajudar nessa missão para que a obra continue sendo feita, ore e contribua financeiramente. O nome da organização missionária não pode ser revelado por questões de segurança, mas as doações podem ser feitas diretamente aos missionários através do Pix: 094.055.959-54