Os cristãos coptas sobreviventes de um ataque do Estado Islâmico, quando estavam a caminho de um mosteiro na região de Minya, no Egito, falaram sobre a provação que vivenciaram. Pelo menos 29 pessoas foram mortas a tiros quando os terroristas armados invadiram o ônibus e ordenaram que os passageiros renunciassem à sua fé cristã.
"Eles [terroristas] atiraram em tudo que podiam ver", disse o motorista, Boshra Kamel, de 56 anos, que foi baleado várias vezes, mas sobreviveu por se fingir de morto, de acordo com um relato divulgado pelo 'The Washington Post'. "Até mesmo as criancinhas se tornaram alvos deles".
"Meu filho Sameh foi o primeiro a ser morto", disse Samia Adly, de 56 anos. "Eles então atiraram em Boshra, o motorista, e depois mataram meu marido".
Tragicamente, sua neta de 4 anos, Marvy e um sobrinho também foram baleados e mortos.
Depois que os militantes embarcaram no ônibus, eles pediram aos sobreviventes da primeira rodada de tiros para "recitarem o credo islâmico e viverem como muçulmanos praticantes".
"Caso não atendéssemos à ordem, seríamos mortos também", disse Nadia Shokry, de 54 anos, que levou três tiros.
Diante de tanto medo e tensão, os passageiros começaram a orar, o que deixouos terroristas ainda mais furiosos.
"Quanto mais orávamos a Cristo, mais furiosos eles se ficaram e começaram a disparar novamente, com mais violência", disse o motorista do ônibus. "Nós dissemos a eles que somos cristãos e vamos morrer cristãos".
Nadia Shokry acrescentou que chegou a implorar para que o terrorista atirou nela tivesse clemência.
"Eu implorei para que ele parasse, depois que ele atirou em mim as três primeiras vezes. Ele me disse para calar a boca ou então atiraria no meu coração", disse Shokry.
Ela tentou proteger sua neta de apenas 1 ano e meio, mas a criança foi atingida por uma bala no coração.
"Nós os perdoamos", disse Shokry sobre os terroristas. "Oro para que Deus toque seus corações e os mude para que eles vejam o caminho certo".