O pastor indiano Sultan Masih, de 47 anos, que foi assassinado no último dia 15 de julho, no noroeste da Índia já havia recebido ameaças de morte por meio das redes sociais. A informação foi confirmada por seu filho, Alisha Masih, de 22 anos, segundo a Missão Portas Abertas.
O rapaz revelou que seu pai não conseguiu identificar os autores das ameaças, mas ficou apreensivo. O pastor pediu a um amigo que orasse por ele e também contou a este confidente que estava sendo ameaçado de morte.
A maioria das mensagens ameaçadoras tinham como objetivo dar o mesmo recado: “pare de pregar ou te matamos”.
O jovem contou que ainda no mês de maio, após um culto de celebração do aniversário da igreja liderada por Sultan, o pastor foi abordado por um grupo de homens que o interrogaram com perguntas um tanto suspeitas, como se ele pagaria algum valor para eles, caso se convertessem ao cristianismo.
O líder cristão explicou que a conversão não era algo negociável em dinheiro, mas sim uma decisão pessoal de seguir a Cristo e entregar sua vida a Ele.
Posteriormente, no dia 15 de julho, Sultan foi baleado enquanto falava ao telefone, dentro da igreja em Ludhiana, no estado de Punjab (Índia).
“Não temos como saber se o telefonema tinha qualquer relação com o assassinato, mas as pessoas que o mataram certamente estavam monitorando suas atividades porque esperaram até que ele ficasse sozinho para então atacar”, disse Alisha.
Sultan foi pastor durante 20 anos e também era diretor de uma escola para necessitados, que funcionava dentro da própria igreja que ele liderava. Ele deixou uma esposa e quatro filhos - dois deles foram adotados pelo casal.
“Nosso pai foi um homem corajoso e nunca teve medo de morrer em nome de Jesus. Ele nos ensinou a ser como ele e nossa família continuará servindo a Deus”, afirma Alisha.
Centenas de cristãos tomaram as ruas, no domingo seguinte ao assassinato (16 de julho), bloqueando uma grande estrada nacional para protestar contra a intolerância religiosa que atingiu o pastor Masih e também sua família.
A polícia indiana garantiu que os criminosos serão presos e que a justiça será feita, mas até o momento não há suspeitos do crime. As câmeras locais registraram o momento do ataque, porém os policiais disseram que as imagens estavam muito escuras para conseguirem ver os rostos dos criminosos.