Pastor é libertado após 3 anos na prisão em Cuba

Lorenzo Rosales Fajardo foi condenado após protestar contra as violações dos direitos humanos do regime comunista. Ele foi torturado na prisão.

fonte: Guiame, com informações de International Christian Concern

Atualizado: Quinta-feira, 23 Janeiro de 2025 as 10:38

Rosales Fajardo e sua esposa. (Foto: International Christian Concern).
Rosales Fajardo e sua esposa. (Foto: International Christian Concern).

O pastor Lorenzo Rosales Fajardo foi libertado após passar três anos na prisão em Cuba, anunciou o International Christian Concern (ICC), que monitora a perseguição no mundo.

Sua libertação é resultado de um acordo de libertação de 553 prisioneiros, mediado pelo Vaticano.

Fajardo, pastor da Igreja Independente Monte de Sion em Palma Soriano, foi preso em 2021, por protestar contra as violações dos direitos humanos do regime comunista.

Milhares de cubanos, entre eles líderes cristãos, saíram às ruas em 11 de julho de 2021 para protestar contra a falta de remédios e alimentos durante a pandemia e para pedir democracia e reformas econômicas. 

As repercussões foram imediatas e violentas. A polícia e a Segurança Nacional espancaram manifestantes e prenderam centenas de pessoas, entre elas o pastor Lorenzo. Vídeos e imagens do protesto mostraram agentes da força paramilitar Boina Negra estrangulando o líder e atacando manifestantes desarmados.

De acordo com a Christian Solidarity Worldwide, Lorenzo foi acusado de incitação criminal, agressão, desordem pública e desrespeito e condenado a uma sentença de sete anos, em maio de 2022.

Torturado na prisão

Em 2024, a Comissão dos Estados Unidos sobre Liberdade Religiosa Internacional (USCIRF) denunciou a prisão injusta do pastor cubano e informou que ele foi torturado na cadeia.

"Fajardo experimentou tortura na detenção. Em uma ocasião, as autoridades prisionais espancaram Fajardo tão severamente que ele perdeu um dente. Eles então urinaram nele. Em fevereiro de 2024, o Grupo de Trabalho da ONU sobre Detenção Arbitrária descobriu que o governo cubano havia detido e encarcerado arbitrariamente Fajardo”, afirmou a Comissão em relatório.

Conforme a Anistia Internacional, os protestos em Cuba explodiram após a população enfrentar a má gestão do governo na distribuição de alimentos e remédios, apagões de eletricidade e restrições aos direitos humanos.

“Governos comunistas, como o de Cuba, muitas vezes restringem protestos e impõem acusações espúrias contra manifestantes como forma de incutir medo em seus cidadãos e dissuadir mais a oposição. Os cristãos são alvos frequentes de ataques governamentais comunistas devido às suas críticas e defesa de abusos dos direitos humanos”, explicou o ICC.

O Índice Global de Perseguição da International Christian Concern de 2024 apontou que ditadores ao redor do mundo aumentaram o controle da religião e a eliminação completa do cristianismo.

Cuba ocupa a 26ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2025 da Missão Portas Abertas.

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