A Nigéria tem se destacado como foco de perseguição cristã, com assassinatos, apropriação de terras, sequestros e outras formas de violência que tornam a vida da Igreja no país totalmente vulnerável.
Conforme Jeff King, presidente da International Christian Concern (ICC) — organização que luta pelos direitos humanos dos cristãos — o relatório da organização deste ano mostra a extensão dos problemas.
Conforme o “Persecutors of the Year”, a maioria dos americanos não tem ideia do que está acontecendo na Nigéria: “Nos últimos 20 anos, cerca de 100.000 cristãos foram assassinados”.
O relatório também revela que 3 milhões e meio de cristãos perderam suas terras para muçulmanos radicais e criminosos e que “o governo praticamente não fez nada”.
‘Cristãos são vítimas de minoria extremista’
Conforme o especialista, “os islâmicos radicais estão incorporados ao governo”. Ele disse que estes indivíduos e grupos “possuem os órgãos do Estado”, incluindo o exército, a agência de inteligência e a polícia, o que dificulta ainda mais qualquer progresso.
Uma das ironias que rodeiam a Nigéria é que a população cristã é enorme: “Quase metade da população é cristã. E uma proporção assim tão grande faz com que o problema da perseguição pareça confuso para quem está de fora”.
Como pode tanta gente ser vítima de uma minoria extremista? Jeff responde explicando que as questões geográficas e populacionais estão no centro da questão.
“O que temos visto nos últimos 10, 20 anos, é que os cristãos foram expulsos do norte. Agora, a batalha chegou ao centro do país, que era em grande parte cristão, e agora eles estão sendo expulsos também. Agora os ataques estão indo para o sul”, concluiu.