Os terroristas do Al Shabab mataram quatro homens cristãos no condado de Lamu, no Quênia na semana passada, decapitando três deles e queimando outro vivo.
"Ao final da noite, no dia 17 de agosto, militantes do al-Shabaab entraram na aldeia Maleli de Witu e mataram os quatro homens, três foram mortos com machados e outro foi queimado vivo, dentro de sua casa", informou a organização 'International Christian Concern' nesta segunda-feira.
"Os quatro homens que foram mortos são Stephen Hizano Ponda, Charo Karisa Ngoa, Naphtali Katana Kadenge e Joseph Gasena Ngoa", acrescentou o relatório.
As decapitações dos três homens também foram confirmadas por uma fonte policial à Reuters.
O grupo terrorista com base na Somália tem literalmente caçado e assassinado cristãos no Quênia. Os militantes extremistas também assassinaram sete cristãos em uma série de incursões mortais em julho.
O último ataque ocorreu quando Uhuru Kenyatta, presidente do Quênia, exortou as famílias a permanecerem nos campos de refugiados internos à medida que o exército tenta erradicar a ameaça terrorista na área.
Pastores evangélicos da região revelaram que as vítimas deixaram os campos para checar a situação de suas casas e plantações, apesar das advertências.
"Um dos nossos evangelistas, Stephen Nyati, perdeu seu filho no ataque e estamos entristecidos. Como comunidade cristã, condenamos o ato. Seu filho voltou às terras da família para checar a situação da fazenda, quando os militantes o arrancaram de sua casa e o mataram", contou um líder cristão.
"Pedimos à comunidade global para se lembrar de nós em suas orações e, se possível, envie-nos ajuda material, porque as pessoas nos campos precisam de comida, abrigo, água, remédios e sabão", acrescentou.
A chefe executiva de Witu, Nancy Macharia admitiu que há "desespero" nos campos, o que faz com que as pessoas retornarem às suas aldeias, apesar das ordens do governo.
"A operação da floresta Boni para exterminar o al-Shabaab está em andamento e vários terroristas deles foram mortos. Essa operação continuará até que todos os militantes que perturbam a paz dos moradores de Lamu sejam neutralizados. Continuamos a pedir às pessoas a permanecerem dentro dos campos até que novas ordens para retornarem às suas casas sejam dadas pela autoridade superior", disse Macharia.
A Associated Press informou em seu relatório sobre os últimos ataques, que o Al-Shabaab está começando a realizar decapitações com mais frequência, sendo que esta é uma tática que o grupo não usavam muito antes.
Os ataques aéreos dos EUA continuam em plena força contra os jihadistas somalis após a confirmação do líder Ali Mohamed Hussein, segundo a agência de notícias 'AllAfrica'.
O grupo terrorista repassou uma mensagem para a mídia local sobre o assassinato, chamando Hussein de "herói abatido".
O comando militar americano da África saudou a operação, explicando que ela "perturba a capacidade do Al-Shabaab de planejar e conduzir ataques, além de abalar as possiblidades de coordenar os esforços entre os comandantes regionais de Al-Shabaab".