O grupo terrorista al-Shabab, que tem sua base principal na Somalia, matou sete cristãos em uma série de incursões mortais no Quênia, no início deste mês, com seus terroristas passarando de porta em porta nas aldeias, à procura de seguidores de Jesus para serem executados.
O grupo de vigilância e apoio à Igreja Perseguida 'International Christian Concern' (ICC) informou na segunda-feira que sete cristãos foram vítimas das incursões realizadas pelo al-Shabaab entre os dias 5 e 8 de julho, quando os militantes atacaram as aldeias de Pandanguo, Jima e Poromoko.
Relatórios anteriores observaram que os militantes decapitaram nove civis em Jima, no condado de Lamu, na busca de não-muçulmanos, embora mais informações ainda possam ser divulgadas sobre as vítimas.
A 'ICC' confirmou os nomes dos cristãos mortos: Said Mbigo, Matei Mlatia, Peter Mburu, Teresio Munyi, Mwangangi Muneni, Katana Karisa Chai e Musyoka Maithya.
Um pastor local também confirmou a informação de que os radicais têm procurado cristãos para matar.
"Os terroristas têm visado os cristãos que vivem no condado de Lamu, especialmente os agricultores nas áreas interiores onde a agricultura em pequena escala tem prosperado", disse o pastor Henry Divayo, líder da igreja na cidade de Witu.
"[Os terroristas de Jima] estavam pedindo aos aldeões para apresentarem seus documentos de identificação e quem fosse cristão, seria executado", acrescentou.
Segundo Divayo "as vítimas foram evacuadas para acampamentos onde alimentos e segurança são fornecidos pelo governo e pela Cruz Vermelha do Quênia".
O pastor contou que sua igreja já hospeda mais de 200 pessoas, mas que este número ainda deve aumentar, já que mais famílias podem ser evacuadas da Floresta Boni
O pastor exigiu que o governo queniano preste mais ajuda em termos de equipar a polícia para proteger igrejas, escolas e hospitais.
O massacre no início deste mês segue uma série de outros ataques que o Al-Shabaab realizou contra os cristãos no Quênia nos últimos anos. O ataque mais mortal foi o massacre na Universidade de Garissa em abril de 2015, no qual quase 150 estudantes, a maioria deles cristãos, foram mortos.
Os militares dos EUA continuam a realizar ataques aéreos contra as bases do al-Shabaab na Somália e o presidente Trump recentemente autorizou operações expandidas em uma tentativa de erradicar o grupo terrorista.
Em resposta, os radicais se dirigiram ao presidente dos Estados Unidos em um vídeo recém-lançado, chamando-o de "bilionário sem cérebro".