Universitária é aprovada após defender missões em artigo acadêmico: "Honrei a Deus"

A estudante de Administração de Empresas, Sarah Andrade apresentou um artigo sobre o projeto missionário de seus pais e celebrou o legado deles.

fonte: Guiame, por João Neto

Atualizado: Quarta-feira, 31 Maio de 2017 as 12:56

Sarah Andrade, com seus pais (nas pontas) e seu professor Cicero Alexandre Braz (banca examinadora), após ser aprovada na Conclusão de Curso. (Foto: Facebook)
Sarah Andrade, com seus pais (nas pontas) e seu professor Cicero Alexandre Braz (banca examinadora), após ser aprovada na Conclusão de Curso. (Foto: Facebook)

Ser relevante de uma forma bíblica e não negociar seus princípios tem sido um desafio cada vez maior para os estudantes cristãos, sobretudo os universitários. Com a jovem Sarah Araújo Andrade não foi diferente.

Em um ambiente acadêmico, no qual ela se viu muitas vezes confrontada com relação à sua fé, a estudante de Administração de Empresas decidiu ressaltar a importância de um trabalho missionário, o qual ela conhece muito bem: o programa 'Jovem Aprendiz', idealizado pelo trabalho missionário 'Projeto Vila Mar', que seus pais promovem há décadas com o apoio da Igreja Presbiteriana de Fortaleza na comunidade do Serviluz, também conhecida como Titanzinho, localizada na periferia da capital cearense.

O programa foi tema do Trabalho de Conclusão de Curso da estudante e sua apresentação foi bem recebida por sua orientadora e a banca examinadora.

Sarah comentou a satisfação em poder honrar o trabalho missionário de seus pais, Rinaldo e Joyce Araújo, que se empenham até hoje para ajudar os moradores daquela comunidade.

"Eu quis honrar a vida dos meus pais e todo o tempo que eles se doaram pelo Projeto Vila Mar. Se hoje eu estou aqui é por eles e se hoje o programa Jovem Aprendiz tem funcionado e propiciado a inclusão desses jovens no mercado de trabalho foi pelo simples fato de minha mãe acreditar na proposta de implementar o programa do nosso querido amigo José das Graças no projeto Vila Mar. Até aqui o Senhor tem honrado esse projeto e abençoado os jovens que passam por lá", afirmou Sarah ao celebrar a aprovação de seu trabalho, com a publicação de uma foto nas redes sociais.

Procurada pela redação do Guiame, Sarah contou que sua proposta não foi apenas bem recebida por sua orientadora, mas também levou os examinadores da banca a pesquisarem mais sobre o assunto.

"Apesar do programa Jovem Aprendiz (objeto de estudo) existir há pouco mais de 12 anos, falar sobre esse tema ainda é algo muito novo para ser usado como um objeto de pesquisa. E de certa forma a minha orientadora reagiu de positivamente, porque somos orientados a fazer algo que está ao nosso alcance e sempre buscando o diferencial", explicou.

"Em relação à minha banca [examinadora], o professor que me avaliou não conhecia a Lei de Aprendizagem (10.097/2000) e por conta disso, precisou pesquisar para poder ter respaldo na hora de me avaliar, porque de fato o tema é super válido e tem influenciado positivamente nossa sociedade", acrescentou.


Legado
Sarah contou que atualmente, seus pais não trabalham somente com o Projeto Vila Mar, porém o marco do programa Jovem Aprendiz dentro do projeto missionário na comunidade do Serviluz perdura até hoje.

"Hoje em dia meus pais têm alargado os horizontes em outros projetos sociais, além da Associação Comunitária Vila Mar, mas essa área do Jovem Aprendiz foi um grande marco na história da Associação, porque foi implantado através de um jovem da comunidade formado em sociologia, José das Graças, que lançou o desafio para a minha mãe e ela prontamente aceitou. Assim, eles deram ínicio a essa jornada de encaminhar o jovem ao mercado de trabalho, aumentando assim as chances de crescimento desses jovens", explicou.

A estudante destacou que o programa foi tão bem sucedido que serviu como inspiração para outros projetos sociais da Igreja Presbiteriana de Fortaleza (apoiadora do Projeto Vila Mar).

"De certa forma, o projeto foi modelo para a expansão de outros projetos assistidos pela Igreja Presbiteriana de Fortaleza na qual somos membros e onde os meus pais tem abertura para propagar essas ações sociais. Temos muitas histórias de sucesso de jovens que tiveram suas primeiras experiências através do Jovem Aprendiz e que estão até hoje em seu primeiro emprego, onde as suas ideias e sugestões foram colocadas em prática nas empresas em que eram aprendizes e muitos deles concluíram o ensino superior", destacou.

"Um dos resultados da minha pesquisa é que 60% dos jovens que estão no projeto Jovem Aprendiz desejam concluir o ensino superior e isso é uma vitória para os empreendedores comunitários sociais", acrescentou.

Sarah também se lembrou com emoção sobre a transformação que seus pais ajudaram a exercer sobre a comunidade do Serviluz, com evangelismo e obras sociais. Décadas atrás, Rinaldo e Joyce Araújo abraçaram a missão de tal forma que decidiram se mudar para dentro da comunidade e moram lá até hoje.

"Meus pais chegaram em nosso bairro e a perspectiva de vida aqui era muito baixa, as pessoas não chegavam nem a terminar o ensino fundamental quanto mais terminar o ensino médio, então com o passar do tempo e com a implantação da Associação Comunitária Vila Mar na comunidade e com as suas atividades que influenciavam positivamente o meio, a visão das pessoas tem mudado, tem sido ampliadas e o projeto Jovem Aprendiz veio a somar com todo o trabalho que já era desenvolvido pela Associação", relatou.

"Eu acredito que Deus colocou no coração de um missionário americano que viesse a Fortaleza em 1972 e começasse um trabalho com um grupo de pescadores na Praia Mansa. Em 1982 Deus levantaria um casal para dar continuidade desse trabalho e que seriam capacitados por Ele, testemunharem o Evangelho e serem diferencial através da criação da Associação Comunitária Vila Mar e tudo o que foi feito até os dias de hoje foi pra honrar e glorificar o nome de Deus", acrescentou.

Sarah destacou que as bênçãos de Deus ainda podem ser comprovadas nos dias de hoje, quando ela vê o legado de seus pais.

"E até aqui Ele tem nos ajudado. Sem dúvidas a comunidade venceu muitas barreiras dentro das situações de riscos que havia aqui e que o legado tem sido positivo através da gratidão das pessoas que foram alcançadas pela associação", finalizou.

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