Diretor do Guiame conta como o portal o levou às nações: “Deus havia prometido”

Marcos Corrêa participou do “Café com Eles” e contou a história do Portal Guiame, aventuras missionárias e refletiu sobre o chamado de Deus.

fonte: Guiame

Atualizado: Quarta-feira, 30 Outubro de 2024 as 1:06

Marcos Corrêa, diretor do Portal Guiame. (Foto: Guiame/Café Com Eles)
Marcos Corrêa, diretor do Portal Guiame. (Foto: Guiame/Café Com Eles)

Marcos Corrêa, diretor do portal Guiame, foi o novo convidado do podcast “Café com Eles”, apresentado pelo pastor Rodrigo Salvitti em parceria com o portal.

Na entrevista, Marcos relembrou sua caminhada com Deus, falou sobre projetos missionários e explicou como coordena o Guiame.

Marcos, que é filho e neto de pastor, explicou que, apesar de vir de uma família pastoral, há um momento na vida em que é preciso tomar decisões:

“Eu percebi claramente que houve um momento em que deixei de só conhecer a Deus através da Palavra, mas eu comecei a conhecer o Senhor andando com Ele. Então, essa foi uma grande virada na minha vida”, acrescentou.

História do Portal Guiame 

O Guiame surgiu em junho de 2005, mas Marcos só se envolveu com o portal no início de 2006.

“O projeto nasceu no coração do Sr. Roberto Bastos, cristão que foi criado em um orfanato no interior de São Paulo. Ao atingir a maioridade, ele não pôde mais permanecer no orfanato e, ao ir para São Paulo, chegou a dormir na rua, passando por inúmeras dificuldades”, relatou Marcos.

E continuou: “Pela misericórdia e sabedoria de Deus, ele, um empreendedor nato, começou a trabalhar e se tornou empresário. Em um momento, surgiu em seu coração o desejo de fazer algo em favor do Reino. Ele reuniu uma equipe especializada em programação e, assim, montou o Portal Guiame”. 

Nesse período, Marcos — que atuava em outra área — não imaginava que um dia faria parte de um portal de notícias. 

“Foi uma estratégia divina. Deus havia prometido, por meio de um servo Dele, que eu trabalharia em algo que jamais tinha pensado. Foi tremendo ver como Deus agiu, e assim fui trabalhar no Guiame, onde, em seis meses, me tornei diretor”.

Através do Guiame, Marcos participou de muitos projetos e visitou quase 30 países. No Japão, em uma visita à Kashima, conheceu Rodrigo e Adriane Salvitti, os apresentadores do podcast, e se tornaram amigos.

“O Guiame realmente serve para criar conexões. Hoje, alcançamos quase todos os países do mundo, com várias editorias. O Guiame não é um site de fofocas; é um site que transmite a Palavra de Deus. Temos colunistas e somos interdenominacionais, com uma linha editorial 100% cristocêntrica, cujo conteúdo digital é 70% focado em missões e ações sociais”, declarou Marcos.

Assista ao podcast completo:

Livramento na África

Através do Guiame, Marcos e seu filho, Marcos Paulo, tiveram a oportunidade de trabalhar na cobertura jornalística de um projeto missionário na África Central com o pastor Joel Engel. Ele relatou que nunca esteve ligado a missões transculturais, mas na África viveu grandes experiências. 

“Antes, eu apenas ouvia falar sobre esses desafios, mas agora experimentei isso de forma real. Nosso grupo enfrentou a morte de maneira muito real e intensa, e eu vi coisas extraordinárias acontecerem nessa região”, destacou ele.

Sobre o risco de morte, Marcos testemunhou: “Estávamos na capital desse país, Kampala, hospedados em um hotel simples, com um segurança do exército nos protegendo. Era evidente o nível de risco que enfrentávamos, ainda mais porque iríamos fazer um grande evento em um estádio, onde o presidente e o ministro estariam presentes”.

“Certa manhã, acordei e, ao sair do quarto, ouvi o choro do nosso líder. Eu sabia que ele orava todos os dias de manhã. Desci até a recepção, mas estava vazia. Fui até a cozinha, também vazia, e vi homens armados do lado de fora. Voltei para o quarto do pastor Joel, que estava ajoelhado e com o rosto no chão, chorando. Ao entrar, ele me disse: ‘Marcos, vamos todos morrer aqui. Um grupo islâmico radical retirou todos os seguranças e funcionários do hotel e estão esperando um horário específico em que eles realizam uma atividade religiosa antes de executar o que planejam’”.

O pastor Joel sugeriu que Marcos e o filho fugissem, mas ele se negou e afirmou que enfrentariam a situação juntos.

“Aquele momento foi uma prova de fé, e Deus me provou naquela hora. Ao voltar para o quarto, vi meu filho conversando com a esposa pelo telefone e pensei em como falar para ele se preparar para o pior. Antes mesmo de falar qualquer coisa, ele disse: ‘Pai, se Deus nos trouxe até aqui, Ele tem um propósito. Se não voltarmos ao Brasil, louvado seja Deus’”, contou Marcos.

Depois disso, um bispo do Congo soube da situação e entrou em contato com o presidente do país, alertando sobre o risco para um grupo de brasileiros e um jornalista: “Deus nos deu estratégias, e, em pouco tempo, viaturas do exército chegaram para nos resgatar. Fomos levados a um local seguro”.

Esta foi a primeira viagem de Marcos à África, onde ele percebeu as dificuldades para pregar o Evangelho na região. Segundo ele, isso ocorre devido à influência da China — que investe financeiramente no continente — e do crescimento do islamismo em muitas regiões.

Das notícias ao campo missionário 

Tempo depois, Marcos passou a fazer parte da Missão Mãos Estendidas (MME), presidida pelo pastor Elias Caetano. Hoje, junto com a missão, ele trabalha em quatro países: Moçambique, Malawi, Zimbabwe e Zâmbia.

Dentro da MME, Marcos é coordenador da área social e responsável pelo Projeto Umodzi. Através do projeto, as crianças e a comunidade passaram a ter acesso à comida, educação, ensino bíblico, energia solar e água potável.

Recentemente, Marcos escreveu uma autobiografia chamada “Ouse Ir”, que é um livro 100% destinado a missões e foi escrito a pedido de um ateu: 

“Quando ele perguntou o que eu fazia, eu contei. Depois, ele me disse que era ateu, e enquanto eu falava sobre o que fazia na África, o olho dele ficava vermelho. Então, ele disse: ‘Você não tem o direito de guardar essa história para você. Você tem que escrever um livro’”.

“Hoje eu digo, pela misericórdia e graça de Deus, que toda missão que faço na África, todo trabalho que realizo, é 100% financiado por mim, pela minha família e por alguns apoiadores que têm o coração voltado à África. Algumas pessoas investem no Reino, e isso é bastante maravilhoso. Por quê? Porque eu tenho que dar a Deus aquilo que me custa alguma coisa”, concluiu Marcos.

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