
O que está sendo chamado de “acordo de paz” ainda não representa a verdadeira paz entre Israel e o Hamas, conforme a avaliação do pastor Joel Engel.
Ao compartilhar sua perspectiva em relação ao recente cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos, Engel vê o acordo como temporário, e não como um decreto de paz definitivo.
“A paz precisa primeiro nascer nos corações e depois ir para o papel, para finalmente se tornar realidade”, disse Engel ao Guiame.
“Israel quer a paz tanto que pagou um preço incrível de 20 por 1 na troca de prisioneiros. Porém, o outro lado mata seus próprios irmãos e continua em guerra contra eles mesmos. Daí a pergunta: quem quer a paz?”, questionou.
O pastor também mencionou o papel do presidente americano Donald Trump:
“Trump fez um grande trabalho para este acordo e conseguiu reunir vários líderes a favor da paz e da reconstrução de Gaza — ou seja, em favor do bem comum de todas as vítimas deste horror, tanto judeus como palestinos.”
Entretanto, Engel expressou preocupação com a postura do Brasil diante desse cenário internacional.
“O Brasil não estava neste grupo a favor de nenhum desses povos — nem dos judeus, nem dos palestinos — mas se posiciona contra os judeus. Isto nos assusta: estarmos inseridos e contados como uma nação de bodes.”
“O Brasil está ligado a Israel”
Joel Engel também explicou o motivo de seu novo retorno a Israel — onde esteve recentemente durante o Yom Kippur e a Festa dos Tabernáculos (Sucot). O pastor teve um sonho profético no qual via o Brasil separado de Israel, mas segurava a bandeira brasileira enquanto, do outro lado, o presidente de Israel segurava a bandeira israelense.
“No sonho, nós uníamos ambas as bandeiras”, contou Engel.
“Quando vi isso, lembrei-me da promessa de Gênesis 12:3: ‘Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem’. Então decidi vir a Israel para dizer a esta nação que aqui no Brasil existe um povo que se levanta por Israel.”
Engel explica que sua presença em Israel é uma forma de representar milhões de cristãos brasileiros que amam e intercedem pelo povo judeu.
“Vim aqui para dizer: Teu povo é meu povo, tua dor é a minha dor, teu Deus é o nosso Deus”, declarou, citando Rute 1:16.
“Embora Brasil e Israel pareçam separados agora, nós os veremos unidos — espiritualmente e profeticamente.”
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Em Jerusalém, Joel Engel se encontrou com o pastor Tom Hess, fundador da Jerusalem House of Prayer for All Nations e organizador da Convocação das Nações, evento que reúne líderes cristãos de todo o mundo em oração e intercessão por Israel.
Durante o encontro, Tom Hess lembrou que viu uma unidade incomum no Knesset (Parlamento de Israel) — o que vê como sinal da ação de Deus em meio ao povo israelense.
“Nunca tinha visto tanta unidade no Knesset. Queremos abençoar a nação do Brasil pelo arrependimento que ocorreu no Yom Kippur, abençoar seus líderes de governo e declarar a plenitude da colheita espiritual sobre todo o Brasil.”
Clamor na fronteira
Engel relembrou sua visita à fronteira de Gaza na semana passada, quando orou pela libertação dos reféns israelenses a poucos metros do muro que separa os territórios. O momento mais marcante ocorreu quando um vento forte começou a soprar enquanto proclamava palavras de libertação baseadas em Levítico 25.
“Começamos essa proclamação em Gaza, depois em Jerusalém, e naquele momento o vento começou a soprar. Acredito que era um sinal de que Deus está elevando Israel e que o vento do Espírito está soprando sobre esta nação”, afirmou.
O pastor ainda destacou: “Creio que o mesmo vento soprará sobre o Brasil. Por isso, estou convocando todos os brasileiros para levantarmos um movimento de amor por Israel e para que retornemos em grande número no próximo ano à Convocação em Jerusalém.”
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Ao final do encontro, o pastor Tom Hess fez uma oração em concordância com Engel, declarando que o Brasil e Israel estão espiritualmente conectados:
“Em nome de Yeshua, quebramos toda divisão e declaramos que os crentes estão unidos. O Brasil está completamente conectado a Israel. Cremos que isso se manifestará entre pastores, empresários e líderes de governo, e que essa restauração acontecerá nos próximos dois anos, em nome de Yeshua.”