O escritor e palestrante Greg Mayo, 53 anos, é casado, tem quatro filhos e três netos. Ele diz que sente falta dos três filhos que perdeu para o aborto — dois deles provocados e um espontâneo.
“Eu sempre expressarei solidariedade a outros homens que sofreram tragédias semelhantes”, disse ao explicar que o homem se sente impotente durante um aborto e sofre no isolamento depois.
Greg é autor do livro “Quase Papai” e presidente da organização “Força-Tarefa Masculina de apoio após o aborto” e, atualmente, ajuda homens que sofrem de paternidade perdida relacionada ao aborto, conforme o Christian Post.
‘Implorei para ficar com o bebê’
Greg conta que em 1988, quando estava no último ano do Ensino Médio, descobriu que sua namorada estava grávida: “Eu não tinha certeza do que fazer, mas a mãe dela tinha. Então, perdi meu primeiro filho por causa de um aborto”.
“Quatro anos depois, perdi meu segundo, desta vez depois de implorar à minha ex-namorada para ficar com o bebê para que eu pudesse criá-lo. Ela me disse que não era um bebê ainda e que não era minha escolha. Ela fez o aborto”, contou.
De acordo com o escritor pró-vida, é comum dizer que os homens não devem opinar sobre o aborto porque quem carrega a criança é a mulher. “Mas os efeitos em seu corpo também são tremendos”, explicou.
Ele esclarece que muitos homens concordam com a posição “não é seu corpo, não é sua escolha” e que mais de 60% dos americanos internalizaram a ideia de que as mulheres detêm o poder supremo sobre seus filhos ainda não nascidos, incluindo a capacidade de acabar com suas vidas à vontade.
‘A sociedade varre o sofrimento para debaixo do tapete’
“Nem todo homem que perde um filho para o aborto está sofrendo as consequências de uma relação irresponsável. Muitos estão em relacionamentos sérios, como eu estava”, mencionou Greg.
De acordo com o Instituto Guttmacher, uma importante organização de pesquisa que favorece o aborto legal, 45% das mulheres que abortam seus bebês são casadas ou vivem em união estável.
Greg explica que muitos homens se sentem responsáveis por seus filhos ainda não nascidos e sofrem quando suas parceiras abortam. Uma pesquisa feita nos EUA pela organização liderada por Greg descobriu que mais de 70% dos homens sofrem impactos adversos após suas perdas por aborto.
“Desde que comecei minha jornada de cura, há 14 anos, com terapia profissional, tive o apoio da minha esposa, filhos e também do meu pastor. Compartilho a minha história para ajudar os homens que precisam se livrar de sua dor e pesar”, disse.
“Independentemente de nossas opiniões sobre o aborto, ou de quem tem mais poder legal ou político a qualquer momento, somos todos seres humanos tentando encontrar a paz da melhor maneira possível. Lembrar disso pode ajudar a aliviar muito sofrimento, até mesmo o sofrimento que nossa sociedade prefere varrer para debaixo do tapete”, ele concluiu.