Mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia, Gustavo Chacra é comentarista de política internacional do Estadão e do programa Globo News Em Pauta em Nova York. No Estadão, um de seus textos recentes traz o título 'Qual o risco de um atentado terrorista do ISIS no Brasil?'
"Nenhum lugar do mundo está imune a um atentado", diz ele ao falar sobre o risco de um atentado terrorista no Brasil. "Mas a probabilidade de uma pessoa morrer em um ataque terrorista no território brasileiro hoje é próxima de zero. Afinal, nunca ocorreu uma ação destas no país e nem mesmo tentativas (falo do terrorismo atual, com a religião por atrás). Isso não significa que não irá ocorrer", completa.
Chacra concorda que a probabilidade de um brasileiro morrer em um homicídio seja bem maior do que em um atentado terrorista.
Então por que não descartar completamente o risco de um atentado em solo brasileiro? Segundo o comentarista porque o Estado Islâmico "está perdendo a guerra no Iraque e na Síria. Para buscar mostrar que não está enfraquecido, talvez tente atentados em outras partes do mundo."
Gustavo lembra que, diferente da Al Qaeda, o Estado Islâmico não tem planejamento para ataques terroristas globais. Mas ele explica que aqui podem acontecer ataques por 'lobos solitários', mas nada comparado a ataques como o '11 de setembro', 'metrô de Londres', e outros semelhantes.
Embora o Brasil realmente não seja um alvo em potencial do Estado Islamico, Chacra aconselha que as autoridades brasileiras "devem, especialmente com a Olimpíada, ficar de olho em possíveis terroristas dentro do país ou que possam cruzar a fronteira", mas afirma que "ninguém precisa deixar de dormir à noite com medo de um ataque terrorista no Brasil."
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