A frente da Basílica da Antiga Catedral de St. Patrick, em Nova York, foi palco de manifestações de grupos pró-vida e pró-escolha na manhã de sábado (07). Os dois lados estão em efervescência em meio ao julgamento Roe v. Wade, lei que legaliza o aborto nos EUA desde 1973 e pode ser derrubada pela Suprema Corte americana.
Chamou a atenção o protesto de uma mulher pró-escolha, que afrontava os ativistas contrários ao aborto. Usando um maiô branco, ela gritava 'estou matando os bebês' enquanto simulava fazer aborto.
Os abortistas já haviam avisado que fariam manifestações em frente às igrejas católicas na cidade de Nova York, no Dia das Mães, comemorado no domingo (08). Os defensores do aborto estão culpando a fé católica pela provável revogação da lei Roe vs. Wade, em vigor há quase 50 anos.
A mulher, que se mostrava fora de si e transtornada, gritava: 'Deus matou seu filho, por que eu não posso?'. Segundo o Daily Mail, a manifestante é a artista performática Crackhead Barney.
Enquanto gritava diante dos pró-vida que oravam e empunhavam cartazes contra o aborto, Barney repetidamente balançava uma boneca durante.
Desde a divulgação do vazamento da decisão da Corte americana, indicando que revogará a lei do aborto no país, uma série de mobilizações está sendo realizadas, especialmente em frente ao prédio do mais alto tribunal federal dos Estados Unidos, em Washington.
Formada por nove juízes – sendo três mulheres –, a Corte americana conta com seis conservadores e católicos, o que deve garantir a derrubada da Roe v. Wade. Essa composição também tem justificado o ataque que as igrejas católicas estão sendo alvo dos grupos favoráveis ao aborto.
Protestos pela vida
No primeiro sábado de cada mês, os pró-vida costumam marchar da Catedral em Nova York para uma clínica Planned Parenthood próxima.
No entanto, no sábado, eles enfrentaram ativistas favoráveis ao aborto indignados que temem que a opinião do SCOTUS, como é chamada a Suprema Corte dos EUA, possa resultar em uma proibição federal do aborto. Essa possibilidade pode se confirmar, disse o líder da minoria no Senado, Mitch McConnell.
Os manifestantes pró-aborto exibiam cartazes com mensagens como 'o aborto é um presente', 'as leis anti-aborto nos matam' e 'RIP Jesus, morto por um pai caloteiro acordado'.
O New York Young Republican Club, respondendo ao protesto, aplaudiu os membros de seu Catholic Caucus por “defenderem suas crenças e os direitos fundamentais de todos os americanos não nascidos”.
"Os homens sentados nos bancos traseiros da igreja foram convidados a orar do lado de fora para garantir que a horda esquerdista não invadisse o prédio", declarou a organização em um comunicado compartilhado no Twitter.
A arquidiocese disse à emissora de TV no sábado que estava "consciente do chamado para algum tipo de protesto" durante a celebração do Dia das Mães no domingo.
De acordo com o Daily Mail, a autoridade religiosa provavelmente estava se referindo às postagens nas mídias sociais incentivando os defensores do aborto a interromper os cultos da igreja de domingo.
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