O ciclone Mocha que varreu Mianmar e Bangladesh já deixou 145 mortos, de acordo com a junta militar em Naipidau em comunicado à imprensa, nesta sexta-feira (19).
As fortes chuvas que devastaram o estado de Rakhine começaram no domingo (14). Os ventos chegaram a quase 210 km/h, derrubando torres de comunicação e postes de eletricidade, conforme notícias do UOL.
A Portas Abertas informou que seus parceiros locais estão incomunicáveis e que muitas áreas foram severamente prejudicadas com deslizamentos de terra. Os ventos fortes e a chuva continuam avançando para outras partes do país.
‘Que os desabrigados encontrem refúgio’
“A casa de um de nossos parceiros locais, que atua como pastor, foi arrancada pelo vento, na última terça-feira (16). Essa é uma das poucas notícias que obtivemos dos cristãos locais. A falta de contato limita a ciência da situação e as necessidades de cada um deles”, disse a organização.
“Não conseguimos falar com nossos parceiros locais e cristãos no estado de Rakhine, mas, imaginamos que as casas deles, feitas de bambu e palha, não devem ter resistido ao ciclone. Estou preocupado com a segurança e o bem-estar deles”, diz um dos parceiros locais, Min Naing (nome fictício).
Há dois dias, no estado de Chin, as casas de nove cristãos também foram destruídas pelo ciclone. Nos estados de Magway, Ayeyarwady e Rakhine, a chuva intensa causou enchentes em muitos locais. As vítimas padecem na busca por água potável, comida e abrigo.
A Portas Abertas pede oração pelos cristãos afetados e pela segurança dos missionários que vivem no estado de Rakhine: “Que todos os desabrigados possam encontrar refúgio. Ore por Mianmar, em especial, pelos cristãos perseguidos que vivem nas regiões atingidas”.