Cristãos defendem respeito à vida e à liberdade religiosa na OEA

Cinco representantes cristãos apresentaram a visão dos evangélicos latino-americanos sobre valores pró-vida e pró-família.

fonte: Guiame, com informações do Evangelical Focus

Atualizado: Terça-feira, 4 Julho de 2023 as 2:03

Visão geral da inauguração da 53ª Assembleia Geral da OEA, em Washington D.C., 21 de junho de 2023. (Foto: Juan Manuel Herrera, OEA, CC BY NC ND).
Visão geral da inauguração da 53ª Assembleia Geral da OEA, em Washington D.C., 21 de junho de 2023. (Foto: Juan Manuel Herrera, OEA, CC BY NC ND).

Porta-vozes de cinco instituições cristãs participaram da 53ª Assembleia da OEA (Organização dos Estados Americanos) realizada em Washington (EUA), no dia 21 de junho.

A Organização dos Estados Americanos é o mais antigo organismo regional do mundo e atualmente reúne 35 nações latino-americanas como seus Estados membro, entre elas o Brasil. A OEA é principal fórum governamental político, jurídico e social do Hemisfério Sul.

O grupo cristão, que representa os valores pró-vida e pró-família com organizações da sociedade civil na assembleia da OEA, disse que ficou fortemente encorajados com o resultado do evento.

O encontro anual reuniu os governos de todos os países do continente americano, proporcionando um espaço para discussões e acordos sobre iniciativas sócio-políticas relevantes.

Valores cristãos

De acordo com informações do Evangelical Focus, os representantes pró-vida e pró-família conseguiram um destaque significativo, superando grupos LGBT.

Mais de 60 representantes de cinco coligações formadas por grupos da sociedade civil com valores cristãos puderam assistir à maior parte do primeiro debate da assembleia, embora alguns não tenham sido admitidos nas sessões do primeiro dia, apesar de estarem inscritos.

Porém, cinco porta-vozes coordenados pelo Congresso Ibero-Americano pela Família e Vida, tiveram direito à palavra nas sessões da sociedade civil, que o presidente do movimento, Aarón Lara, qualificou de “um grande sucesso”.

María Luisa Obiols Ordoñez, da organização Sí a la Vida (Sim à Vida), pediu aos 35 Estados membros que garantam “a defesa da vida desde o momento da concepção”.

Harim Nabi Aquino, da organização Calacoaya Centro Cultural, denunciou a tentativa de implementação de políticas públicas nas escolas da América Latina, com o objetivo de influenciar as crianças com determinados valores, o que pode resultar na perda da autoridade dos pais caso estes não concordem com tais ideias.

Omayra Álvarez, da Juventud con una misión (Jovens com uma missão - JOCUM), declarou que toda pessoa concebida tem o direito de viver, e não permitir isso é discriminar e tirar os direitos dos mais fracos.

Liberdade religiosa e de fé

Diana Carolina Rodríguez, do Congresso Evangélico Latinoamericano, fez um apelo pela liberdade de consciência, expressão e fé, além de exigir respeito à cosmovisão cristã.

Ela expressou seu repúdio às perseguições contra os cristãos que discordam dos governos locais, destacando casos na Nicarágua, Colômbia e México.

Para finalizar, Milu Gómez de Ledezma, chamada a respeitar a biologia e acabar com a promoção da “ideologia de gênero” e das chamadas “infâncias trans”.

De acordo com ela, os menores não devem ser induzidos a tomar decisões trágicas em relação ao próprio corpo sem o consentimento dos pais, especialmente em uma idade em que eles “não estão psicologicamente, emocionalmente e fisicamente maduros para as fazer”.

Protestos LGBT

Durante as sessões de diálogo com representantes da sociedade civil, houve momentos de tensão, com protestos de grupos pró-LGBT, que agitaram bandeiras e proferiram gritos de "liberdade, liberdade" após a intervenção de Gómez de Ledezma.

Em suas declarações, os representantes dos governos da Guatemala e de El Salvador enfatizaram o compromisso de proteger a vida desde a concepção até a morte natural, considerando-a como um fundamento dos direitos humanos.

Os porta-vozes cristãos lamentaram o fato de o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, não ter comparecido aos diálogos com as organizações da sociedade civil.

Secretário-Geral da OEA se reuniu com líderes religiosos, incluindo Eduardo Gómez, chanceler da Alianza Evangélica Latina (Aliança Evangélica Latina). (Foto: Reprodução/Evangelical Focus)

Outro grupo de grupos cristãos que participaram da Assembleia foi liderado pela Aliança Evangélica Latina (AEL).

Além da participação na Assembleia da OEA, os cristãos também estiveram envolvidos em eventos paralelos, como uma marcha de oração, reuniões entre parlamentares cristãos de vários países e uma manifestação pró-vida no Jefferson Memorial.

‘Garantir a liberdade religiosa’

Mais cedo, o chefe da OEA se reuniu com vários líderes religiosos. Entre eles estava Eduardo Gómez, chanceler da Alianza Evangélica Latina (Aliança Evangélica Latina).

“Devo destacar que garantir a liberdade de religião e crença continua sendo uma responsabilidade fundamental dos países”, disse Almagro aos representantes dos diversos grupos religiosos presentes.

Almagro e o pastor Gómez afirmaram que os cristãos evangélicos na América Latina consideram como prioridade a proteção dos direitos fundamentais, incluindo a liberdade de religião e expressão, bem como a defesa de valores fundamentais, como a vida e a família.

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