Desde sua aprovação em 2013, os casamentos homoafetivos quadruplicaram no Brasil, segundo a Folha de São Paulo. Na época, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que era ilegal negar a união civil entre pessoas do mesmo sexo.
Assim, o Conselho Nacional de Justiça passou a obrigar os cartórios do país a registrarem casamentos homossexuais.
Já ano da aprovação, 3.700 uniões foram realizadas e, em 2022 foram 12.987, de acordo com a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais.
Até abril deste ano, 76.430 casamentos entre pessoas do mesmo sexo foram registrados no Brasil desde a permissão.
Por ano, uma média de 7.600 celebrações gay são feitas, com 56% delas entre pares femininos e 44% entre masculinos.
Num total de 5 milhões de casamentos realizados em 2022, os homoafetivos representam 0,02%.
São Paulo é o estado onde mais ocorreram uniões gay, somando 30 mil matrimônios. Seguido do Rio de Janeiro (6.574 casamentos) e Minas Gerais (5.062).
Antes da medida do CNJ, os cartórios precisavam pedir autorização judicial para celebrar casamentos homossexuais.
Homossexualidade ainda é pecado
O casamento gay já foi aprovado em outros 32 países, incluindo os Estados Unidos. Mas, o evangelista Franklin Graham lembrou que a homessexualidade é pecado segundo a Bíblia.
"Deus chama a homossexualidade de pecado - vá falar com Ele se você não gosta disso. Ele é quem define o pecado, não eu. Como um cristão, é claro, eu não odeio os homossexuais, eu os amo e quero que eles saibam a verdade", afirmou anteriormente no Facebook.
Graham destacou que respeita o direito que os homossexuais têm de fazer suas escolhas, mas não é por isso que precisa negar as convicções que desenvolveu conforme a Bíblia.
"Se eles optaram por viver esse estilo de vida, certamente têm a liberdade de fazê-lo neste país - mas não me diga que eu tenho que acreditar ou apoiar isso", ponderou.
Para a psicóloga Marisa Lobo, o avanço do ativismo LGBT no Brasil é proporcional à acomodação da sociedade e das igrejas. "Se de um lado temos a intimidação e a censura por parte do ativismo LGBT+, por outro temos a acomodação social. Isso é fruto da inércia individual de cada pessoa, especialmente dos líderes comunitários, o que inclui principalmente pastores e padres", declarou ela, em sua coluna no Guiame.
E concluiu: "Nós, como Igreja de Cristo, não somos chamados para mudar o que Deus já traçou como destino do mundo, mas para anunciar a verdade, a fim de que os perdidos se salvem durante esse percurso. Acomodar, portanto, não faz parte dessa missão".