Uma igreja pentecostal na província de Camagüey, em Cuba, tem sido alvo constante de ataques com pedras, provocando danos em sua estrutura física, segundo os líderes religiosos.
Os ataques à Iglesia del Evangelio Completo Roca Eterna, na cidade da Florida, têm acontecido “há vários meses”, disse o religioso Daniel González. As pedras são atiradas por “desconhecidos” durante os horários dos cultos, ensaios e orações, o que já causou vários buracos no teto.
Em nota à organização LuzVisión, González advertiu “muitos idosos e crianças estão dentro da igreja”, mas os agressores não parecem se importar com as possíveis consequências de suas ações.
Um dos líderes da igreja, Disnel Segura, disse fez uma denúncia ao departamento de polícia e governo local, alertando para o perigo de algum membro da denominação ser ferido.
“Embora tenham vindo para verificar os buracos no teto, suas ações se limitaram a isso”, disse Segura, que exigiu ações das autoridades para conter os agressores.
De acordo com o líder, as pedras começaram a ser atiradas há cerca de dois anos. Embora os agressores sejam desconhecidos, ele acredita que há pessoas do bairro envolvidas. “Isso não acontecia anos atrás, a igreja está aqui há uma década”, disse o líder religioso
Em Cuba existem 55 igrejas protestantes devidamente registradas, embora muitas outras, como as vinculadas ao Movimento Apostólico, sejam limitadas pelo governo a se registrar no Registro de Associações.
Os pastores desses grupos religiosos são frequentemente detidos e perseguidos pelos órgãos repressivos do regime comunista e, em alguns casos, seus locais de culto são demolidos.
Em entrevista ao Diario de Cuba, o advogado Miguel Porres alertou que a cada dia “intensificam-se as campanhas contra as igrejas cristãs” no país.
“Somos acusados de ser extremistas, reacionários e até de receber dinheiro do 'inimigo'. Percebo uma campanha para desmoralizar os cristãos e criar na população um estado de repulsa contra os que seguem o Evangelho”, acrescentou.