O Ministério da Justiça e Segurança Pública ordenou a remoção do filme “Como se tornar o pior aluno da escola”, dos catálogos das plataformas de streaming no Brasil, nesta terça-feira (15).
A medida, em caráter cautelar, acontece após a produção ter sido apontada como apologia à pedofilia devido a cena que retrata com humor o abuso sexual de um professor, interpretado por Fabio Porchat, contra dois alunos adolescentes. O filme, produzido pelo humorista Danilo Gentili, causou uma onda de repúdio nas redes sociais no final de semana.
De acordo com o ministro da Justiça, Anderson Torres, a suspensão da exibição do filme é aplicada “tendo em vista a necessária proteção à criança e ao adolescente consumerista”, conforme o Código de Defesa do Consumidor e a Constituição Federal.
Caso as plataformas de streaming não cumpram a ordem da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) em cinco dias, podem pagar multa diária de 50 mil reais, segundo Torres.
Chamando o filme de Gentili de “asqueroso”, o ministro da Justiça havia afirmado no domingo (13) que tomaria providências. A produção, com indicação classificativa de 14 anos, está disponível nas plataformas Netflix, Telecine, GloboPlay, YouTube, Apple e Amazon Prime.
Lançado em 2017, “Como se tornar o pior aluno da escola” conta a história de Pedro, um menino que encontra um diário ensinando como causar um caos no colégio sem ser pego, e decide colocar o plano em ação com seu amigo Bernardo. A narrativa é baseada no livro de Danilo Gentili, publicado em 2009 com o mesmo nome.
Na cena polêmica, que viralizou no último final de semana, o professor Cristiano, interpretado por Fabio Porchat, assedia sexualmente Pedro e Bernardo, pedindo que o masturbem para não serem prejudicados na escola.