“Não desistam do nosso país, continue orando!”, diz Michelle em manifestação

Ex-primeira-dama foi uma das poucas a discursar em ato organizado pelo Pr. Silas Malafaia em SP.

fonte: Guiame, com informações do Poder360 e Jovem Pan

Atualizado: Segunda-feira, 26 Fevereiro de 2024 as 9:50

Michelle Bolsonaro discursa durante ato na Avenida Paulista, em 25 de fevereiro de 2024. (Captura de tela/YouTube/SBT)
Michelle Bolsonaro discursa durante ato na Avenida Paulista, em 25 de fevereiro de 2024. (Captura de tela/YouTube/SBT)

A Avenida Paulista – considerada o coração da cidade de São Paulo – foi palco do "Ato Pela Democracia", um evento que reuniu milhares de pessoas neste domingo (25).

De acordo com fontes e imagens da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, a Paulista teve oito quarteirões tomados, correspondentes a quase a totalidade de seus dez quarteirões, além das ruas transversais e paralelas, que estavam fortemente movimentadas com pessoas vestidas majoritariamente de verde e amarelo.

Além das multidões que compareceram à manifestação, chamou a atenção a fala da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que afirmou que ela e o ex-presidente Jair Bolsonaro sofrem “desde 2017” por “exaltar o nome de Deus no Brasil”.

Uma das poucas a discursar em cima do trio elétrico, Michelle iniciou agradecendo a Deus:

“Nós somos gratos a Deus por esse dia tão lindo. Pela sua misericórdia, pelo seu amor e pelo seu cuidado. Deus é maravilhoso em tudo que ele faz. E não tem como não se emocionar vendo o exército de Deus nas ruas. Vendo o exército de homens e mulheres patriotas que não desistem da sua nação”, disse.

A ex-primeira-dama também agradeceu às pessoas que estiveram no evento e à igreja pela intercessão:

“Quantos viajaram dias, quilômetros para estarem aqui. E aqui fica meu agradecimento a cada um de vocês. Por vocês saírem das suas casas, saírem da zona de conforto para dizer que o Brasil é do Senhor. Para dizer que somos um povo de bem e que defendem valores e princípios cristãos. Um povo que ama essa nação.”

“E aqui eu quero agradecer a todos os nossos intercessores. Quero agradecer a igreja brasileira que tem orado por nós. Não tem sido fácil, mas nós só estamos de pé porque Deus tem nos sustentado através da oração de vocês. Eu não posso, em nenhum momento, não glorificar o nome de Deus. Porque eu vivo um dia de cada vez.”

Michelle também admitiu que houve negligência dos cristãos que não aceitavam a política e o prejuízo que isso causou com o 'mal ocupando esse espaço':

“Sim, por um bom tempo formos negligentes ao ponto de dizer que não poderiam misturar política com religião. E o mal tomou e o mal ocupou o espaço. Chegou o momento, agora, da libertação. ‘Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará’ foi o versículo que ele [Bolsonaro] usou em toda campanha e eu creio que isso foi gerado no mundo espiritual, porque eu acredito em um Deus vivo. Um Deus todo poderoso que é capaz de restaurar e curar a nossa nação”.

E continuou: “Não desistam, mulheres, homens, jovens, crianças. Não desistam do nosso país. Continue orando, continue clamando porque eu sei que o nosso Deus, do alto céus, irá nos conceder um socorro."

‘Glória a Deus’

Durante os 15 minutos em que falou, Michelle também fez pedidos para que as pessoas dessem glória a Deus:

“Em um único ato e uma única voz, nós déssemos 7 ‘glórias a Deus’. O 1º glória a Deus, você imaginando o nosso Brasil liberto. O 2º glória a Deus, famílias restauradas, o nosso Brasil livre da corrupção, livre da iniquidade. Pensem, mentalizem o que vocês quiserem. Mas falem com o coração. Vamos romper os céus. Eu creio que Deus vai ouvir as nossas orações.”

E finalizou orando pelo Brasil e por Israel:

“Eu louvo o teu nome e te agradeço, pai. Peço que os teus olhos estejam sobre as nossas vidas e que a tua verdadeira shalom esteja dentro dos muros de Israel. Nós abençoamos o Brasil. Nós abençoamos Israel, em nome de Jesus. Amém. Aleluias. Aleluias. Glória a Deus.”

Segurança e paz

Apesar das multidões, que começaram a chegar ao local na parte da manhã, mesmo com o evento estando anunciado para as 14 horas, não foi registrado nenhum incidente – de acumulação de lixo nas ruas a hostilidades ou atos de agressão.

Um participante declarou:

“Não teve pedido de aborto, não teve pedido de sexualização, não teve gente pelada, não teve pedido de liberação de drogas, não teve gente pedindo invasão de terras, não teve gente pedindo o fim da polícia, a diferença é gritante”, disse um participante comparando o ato com outros eventos que aconteceram no mesmo local.

Uma mulher destacou a segurança que havia no local, comentando na postagem do Secretário de Segurança Guilherme Derrite sobre o evento:

“A cada 100 metros tem um policial prezando pela nossa segurança e o nosso bem-estar, obrigada!”.

Silas Malafaia

O Ato Pela Democracia, que foi organizado pelo pastor Silas Malafaia, líder da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, que descreveu o evento como uma “manifestação pacífica em favor do Estado Democrático de Direito.”

Ex-presidente Jair Bolsonaro e Pr. Silas Malafaia em ato na Avenida Paulista. (Foto: Instagram/Silas Malafaia)

Segundo analistas políticos, a manifestação também teve como objetivo apoiar o ex-presidente Jair Bolsonaro e mostrar a insatisfação dos brasileiros que estiveram na Paulista, com o que chamam de violações de leis e atos de censura à liberdade de expressão.

No espaço icônico da capital paulista, além de famílias inteiras, idosos e jovens, reuniram-se políticos, entre os quais os deputados federais Nikolas Ferreira, Pastor Marco Feliciano e Carla Zambelli, o senador Marcos Pontes. Também estiveram presentes os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas, de Minas Gerais, Romeu Zema, de Santa Catarina, Jorginho de Mello, e de Goiás, Ronaldo Caiado, e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes.

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