Durante uma reflexão sobre a forma como as leis e os costumes estão sendo alterados ao longo das últimas décadas, John Stonestreet chegou à conclusão que a modernidade, juntamente com a ideologia de gênero, está levando a sociedade a ser estéril.
John é presidente do Chuck Colson Center for Christian Worldview — organização focada em treinamento para cristãos — e co-apresentador de rádio com Eric Metaxas do Breakpoint, um programa de cosmovisão cristã.
Como autor de vários livros que falam sobre a atual cultura, John aponta para o pouco valor que a sociedade tem dado às crianças. “Logo não haverá número suficiente delas”, observou em seu artigo no Christian Post.
‘Taxa de natalidade sofre queda em 97% da população mundial’
Conforme John explica, 97% da população mundial vive atualmente em um país cuja taxa de natalidade está em queda. De acordo com um relatório da BBC de 2020, Itália, Espanha, Portugal, Tailândia e Coréia do Sul perderão metade de suas populações até o final deste século.
“Dentro de 75 anos, praticamente todos os países da Terra terão uma população cada vez menor. Os do Ocidente estarão entre os primeiros e mais rápidos em declínio”, explicou.
Por que quase ninguém está falando sobre essa crise que está acontecendo em câmera lenta? John acredita que as pessoas estão cegas pelo urbanismo, riqueza, secularismo e a indefinição das distinções de gênero, atualmente adotada por essa geração.
“Comprometido em maximizar a liberdade individual e a felicidade imediata, o Ocidente aprendeu a ignorar a sutil utilidade da família, da fertilidade e dos papéis de gênero”, disse ainda.
‘Gerações futuras serão afetadas’
“Os resultados de nossas crenças e ações incluem uma queda aparentemente imparável nas taxas de natalidade e o eventual fim de nosso modo de vida”, disse o especialista ao apontar para a visão progressista da realidade.
Ele cita a reforma social e o avanço tecnológico apenas como um meio de tornar a vida mais “livre, confortável ou divertida”, em oposição às instituições, leis e costumes que estão sendo ignorados ou eliminados.
A desvalorização, porém, de tais tradições, vai certamente afetar as gerações futuras, conforme John observa.
‘Se continuar assim, não teremos um futuro’
O especialista acredita, conforme suas análises, que a maternidade deveria ser priorizada novamente: “Devemos considerar o motivo pelo qual os valores tradicionais foram priorizados”.
Ele finalizou destacando que o individualismo moderno, a revolução sexual e os ‘direitos gays’ estão à frente dos valores tradicionais agora e que se não houver conscientização, esse estilo de vida cada vez mais estéril será um problema sério no futuro.
“É encorajador ouvir uma voz fora dos círculos cristãos conservadores dizendo que as crianças são bênçãos e que sociedades saudáveis as recebem bem”, acrescentou.
“Se não aprendermos a enxergar o valor das tradições passadas para o nosso futuro, não teremos um futuro”, alertou ao concluir.