Dario é da Nicarágua e conta que fazia parte de um grupo que persegue cristãos. Como muitos jovens na América Latina, ele ingressou com apenas 14 anos na guerrilha sandinista.
De acordo com a Portas Abertas, ele se declarava ateu e era totalmente contra o cristianismo, especialmente quando sua esposa se converteu. E apesar de sua objeção, ela permaneceu firme em Cristo.
Demorou cinco anos para que o coração de Dario se abrisse para Jesus. Mas, aos poucos, todos viram a mudança na mentalidade e no comportamento do ex-guerrilheiro. Foi quando ele decidiu abandonar o movimento revolucionário da Frente de Libertação Sandinista.
‘Quem segue Jesus é inimigo do Estado’
Perto de seus 30 anos, Dario se tornou pastor e, diante da crise e da perseguição crescente na Nicarágua, se viu impelido a orar e clamar ao Senhor por sua nação.
A Portas Abertas conta que ele fez parte do grupo de cristãos que socorreram os manifestantes feridos em 2018 nos protestos contra os abusos da gestão Ortega e, desde então, é acusado de incitar a violência e de ser um inimigo do Estado por causa do socorro prestado.
Como consequência, sua casa foi marcada com tinta — o que indica a presença de líderes cristãos. O registro é uma estratégia do governo para identificar os “inimigos do Estado” e para lembrar, todos os dias, que pastores são desprezados e mal vistos pelo governo. Atualmente, policiais e vários grupos militares vigiam a casa.
‘Nicarágua tem aversão aos cristãos’
Em 2023, a Nicarágua entrou para a Lista Mundial da Perseguição por causa da intensa vigilância e da aversão aos cristãos que as autoridades estabeleceram nos últimos anos.
Nesse contexto, poucos têm o privilégio do pastor Dario e da família de conhecer e seguir a Jesus.
Hoje, o pastor Dario entende que sua missão é orar e trazer esperança para a Nicarágua. “Estamos buscando a Deus com sincera devoção em oração. Cremos que por meio das orações Deus tem nos ajudado a sobreviver à perseguição”, concluiu.