Pesquisa aponta aumento de candidatos evangélicos nas eleições

Na disputa deste ano, os candidatos vinculados a igrejas e denominações evangélicas tiveram um grande crescimento.

fonte: Guiame, com informações do Poder360

Atualizado: Terça-feira, 16 Agosto de 2022 as 3

Reunião com Líderes Evangélicos, em Rio Branco (AC), em 18/03/2022. (Foto: Isac Nóbrega/PR)
Reunião com Líderes Evangélicos, em Rio Branco (AC), em 18/03/2022. (Foto: Isac Nóbrega/PR)

Na campanha eleitoral, que começa nesta terça-feira (16), os candidatos poderão se apresentar aos eleitores para, como se diz na política, “conquistar mentes e corações” na intenção de ganhar votos.

Na disputa deste ano, os candidatos vinculados a igrejas e denominações evangélicas tiveram um grande crescimento. Com isso, mesmo já tendo crescido em eleições anteriores, as candidaturas evangélicas bateram o recorde no Brasil na disputa deste ano.

O PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) tornou-se a agremiação com mais evangélicos, abrigando 47 candidatos, seguido pelo Republicanos (ligado à Igreja Universal), que tem 40 nomes.

O crescimento dessas candidaturas foi de 26% na comparação com 2018. Em 2022, serão 520 os nomes nas urnas relacionados à fé evangélica, onde figuram pastores, cantores e outras funções, de acordo com levantamento do Poder360. Em 10 anos, o número de candidatos com esses títulos cresceu 128%.

Campanha para presidente

A Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional conta com 183 integrantes, desconsiderando 19 deputados que não estão em exercício, e 9 senadores.

Depois das eleições de 2018, um levantamento do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) indicou, ainda, que a bancada evangélica na Câmara ganhou 9 deputados em relação às eleições anteriores, chegando a 84 representantes, informa o Poder360. No Senado, o número teria crescido de 3 para 7.

Os evangélicos são um ponto de sustentação da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), um dos principais grupos de apoio desde a sua eleição para presidente em 2018. O chefe do Executivo tem priorizado o grupo religioso na sua agenda de campanha pela reeleição. Desde o lançamento da sua pré-campanha, em 27 de março, até a última 6ª feira (12.ago), o presidente participou de 34 eventos do grupo.

Em março, pastores, deputados, senadores e ministros do governo estiveram presentes em uma reunião com o presidente, que aconteceu na residência oficial do Palácio da Alvorada.

Líderes de ministérios conhecidos foram convidados para o encontro. Muitos deles foram chamados a falar ao microfone, e demonstraram apoio a Bolsonaro.

A pesquisa PoderData realizada de 31 de julho a 2 de agosto mostra que Bolsonaro tem 62% das intenções de voto para presidente entre os evangélicos. O índice subiu 18% em 15 dias, na comparação com a rodada anterior. Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alcançou a preferência de 22% do grupo, ante 35%.

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