“Por que escolher morte em vez de vida?”, pergunta ministra Cristiane Britto sobre aborto

Depois do aborto realizado na menina de 11 anos, que estava grávida de 7 meses, a ministra perguntou: “Por que não salvar as duas vidas?”

fonte: Guiame, Cris Beloni

Atualizado: Sexta-feira, 24 Junho de 2022 as 9:42

Ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Cristiane Britto. (Foto: Reprodução/Instagram Cristiane Britto Oficial)
Ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Cristiane Britto. (Foto: Reprodução/Instagram Cristiane Britto Oficial)

A nova ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Cristiane Britto, se manifestou na quinta-feira (23), em favor “das duas vidas” no caso de aborto realizado em estágio avançado, como no caso da menina de Santa Catarina, de 11 anos, que estava grávida de 7 meses. 

Em seu Instagram, ela postou um vídeo pedindo licença para “quebrar o protocolo”, exibindo duas imagens de bebês nascidos com 29 semanas. Na primeira imagem, o bebê ainda está no ventre da mãe, totalmente formado.

A segunda imagem é de uma criança prematura, nascida com 29 semanas. “Essas imagens nos fazem questionar por que escolher a morte em vez da vida. Por que não escolher salvas as duas vidas?”, ela questiona.

‘1 minuto de silêncio pela preservação de todas as vidas’

“Com essa reflexão, eu peço a todos que assim desejarem, 1 minuto de silêncio pela preservação de todas as vidas e pela proteção e cura de todas as crianças de nosso país, especialmente das vítimas de todo tipo de violência”, disse ainda a ministra.

Em seu Instagram, a ex-ministra Damares Alves, que também compartilhou o vídeo, se manifestou: “Parabéns ministra Cristiane Britto por sua coragem de defender publicamente o direito de salvar as duas vidas, a da mãe e a do bebê”.

Desfecho

A mãe da menina de Santa Catarina que foi estuprada aos 11 anos, descobriu a gravidez da filha na 22ª semana de gestação (5 meses e meio), o que inviabilizou o aborto imediato, já que o hospital em Florianópolis alegou que as normas internas permitiam o procedimento até a 20ª semana.

Na justiça, a juíza responsável pelo caso, Joana Ribeiro Zimmer, concluiu que o aborto de um bebê com 22 semanas seria um homocídio e encaminhou a menina a um abrigo após um pedido da Vara da Infância. 

Por esse posicionamento, a juíza está sendo duramente criticada e será investigada, mesmo após se retirar do caso por motivos de transferência por merecimento. Veja a matéria que o Guiame já publicou sobre o caso.

A advogada da menina, Daniela Felix, seguiu em frente com o pedido de aborto e, na quinta-feira (23), no início da tarde, o aborto foi realizado, de acordo com informações do G1. O bebê no ventre da mãe de 11 anos, já estava com 7 meses.

Em nota, o hospital escreveu que não dá informações sobre os pacientes, em respeito à privacidade, e porque o caso está em segredo de Justiça. A advogada da família também não quis se pronunciar.

O hospital havia recebido recomendação do MPF (Ministério Público Federal) para realizar o procedimento nos casos autorizados por lei, independentemente de autorização judicial, idade gestacional ou tamanho do feto.

Opinião pró-vida

De acordo com a psicóloga Marisa Lobo, colunista do Guiame, o Brasil mais uma vez se chocou com o caso de uma menina de 11 anos, grávida após uma relação sexual supostamente com um menino de 13 anos, com quem mantivera relações dentro da própria casa. 

“Como se já não bastasse a situação trágica por si, outra surgiu em decorrência do caso: a morte de um inocente. É difícil nos posicionar em casos como esse”, escreveu a psicóloga. 

“Contudo, como cristãos e conservadores, não podemos deixar de falar em defesa das vítimas, o que também inclui o bebê gerado pelo ato sexual”, disse ao apontar para o bebê como “vítima inocente”.

Sedentos por sangue de inocentes

Para Marisa Lobo, os defensores do aborto parecem ter tentado esconder a idade do suposto agressor, pois isso dá outra conotação para o caso. “No meio disso tudo, quantos pensaram na proteção do mais vulnerável na história, o bebê no útero da menina de 11 anos?”, questionou a psicóloga que chamou a mídia de “abortista”. 

“O aborto é tão traumático e arriscado quanto uma gestação e parto precoces. Mas, a sanha pela morte de uma vida pareceu alimentar tanto as redações jornalísticas, e o ativismo abortista, que o bom senso e o respeito pela vida foram ignorados”, protestou.

“Resultado: derramaram o sangue de um bebê no altar do feminismo! Todo ato de violência deve ser repudiado, especialmente contra crianças vulneráveis, mas não podemos admitir que bebês resultantes de um estupro, ou ato sexual qualquer, sejam tratados como se fossem um mal a ser descartado, porque não são”, defendeu.

Infelizmente, porém, a sede pelo sangue dos inocentes parece ditar a conduta e o pensamento de quem não tem temor a Deus. Se alguns pudessem, acredito, teriam soltado fogos após a notícia de que a menina de 11 anos abortou o seu bebê”, disse ao destacar que “é a celebração da morte travestida de justiça social”.
Que Deus, por fim, traga luz, misericórdia, consolo e salvação sobre todos os envolvidos em mais este triste caso para o Brasil. Torço para que as crianças sejam devidamente tratadas, acolhidas e cuidadas, e que os responsáveis por induzir a morte de uma vida inocente encontrem a devida justiça divina”, concluiu.

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