Presidente de El Salvador proíbe uso da “linguagem neutra” nas escolas públicas

Nayib Bukele anunciou que a medida passa a valer de forma obrigatória em todo o país.

fonte: Guiame, com informações da Gazeta do Povo e elsalvador.com

Atualizado: Terça-feira, 7 Outubro de 2025 as 7:47

Nayib Bukele durante discurso em comemoração ao 203º aniversário da independência de El Salvador. (Foto: Wikimedia Commons)
Nayib Bukele durante discurso em comemoração ao 203º aniversário da independência de El Salvador. (Foto: Wikimedia Commons)

O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, anunciou a proibição do uso da chamada “linguagem neutra” em todas as escolas públicas do país.

A restrição foi formalizada pelo Ministério da Educação, Ciência e Tecnologia, comandado pela ministra Karla Trigueros, com vigência obrigatória em todo território nacional.

Em uma publicação no X (antigo Twitter), Bukele declarou:

“A partir de hoje fica proibida a chamada ‘linguagem inclusiva’ em todas as escolas públicas de nosso país.”

Oficial do Exército, a ministra Trigueros, também no X, afirmou que ordenou a proibição da “linguagem inclusiva” não apenas em centros educativos públicos, mas também nas repartições ligadas ao ministério.

“Com esta medida, de cumprimento obrigatório em nível nacional, garantimos o bom uso do nosso idioma em todo material e conteúdo, além de proteger a primeira infância, crianças e adolescentes de ingerências ideológicas que afetem seu desenvolvimento integral.”

O memorando oficial nº 22-2025, assinado pela ministra, traz exemplos explícitos de expressões vetadas – entre elas “amigue”, “companheire”, “alune”, “todxs”, “alun@” e “jovenx” – classificadas pelo ministério como “distorções da língua para atender à chamada ideologia de gênero”.

De acordo com o texto oficial, a proibição deverá ser obedecida em diversos documentos e comunicações institucionais: materiais didáticos, livros, documentos administrativos, circulares e correspondências oficiais são abrangidos pela medida.

‘Bom uso do idioma’

A medida é válida para todas as escolas públicas do país, independentemente do nível de ensino ou da localização geográfica.

Ela abrange tanto a comunicação oral quanto escrita no ambiente escolar, incluindo aulas, atividades extracurriculares, exposições, tarefas, cartazes, relatórios e quaisquer outros formatos de expressão institucional.

O governo de El Salvador argumenta que a medida tem como objetivo “consolidar uma comunicação institucional clara, uniforme e respeitosa”.

O memorando também menciona que a proibição serviria para garantir o “bom uso do idioma” e prevenir a entrada de “ideologias ou imposições globalistas” que, segundo o ministério, poderiam prejudicar “o desenvolvimento integral dos estudantes”

A norma é de cumprimento obrigatório para professores, diretores, técnicos e servidores da área educacional.

 

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