Professor é banido pela Secretaria de Educação por chamar aluna de “ela”

Joshua Sutcliffe foi acusado de ser intolerante e proibido de lecionar na Inglaterra.

fonte: Guiame, com informações de Christian Concern

Atualizado: Terça-feira, 30 Maio de 2023 as 1:41

Joshua Sutcliffe foi proibido de lecionar na Inglaterra. (Foto: Christian Concern).
Joshua Sutcliffe foi proibido de lecionar na Inglaterra. (Foto: Christian Concern).

Um professor cristão na Inglaterra foi banido pela Secretaria de Educação por chamar uma aluna, que se identificava como menino, de “ela”.

Joshua Sutcliffe foi culpado de conduta não profissional e proibido de lecionar por dois anos e – é provável que a proibição se torne permanente – pela Autoridade de Regulação do Ensino (TRA), no início deste ano.

O professor de matemática, que tem um filho de 2 anos e poderá perder sua fonte de renda, vai recorrer da decisão com a ajuda do Christian Legal Centre.

“Estou arrasado com a decisão do painel e vou apelar. Com base nessa decisão, todo professor corre risco se compartilhar suas crenças e pontos de vista em sala de aula”, declarou Joshua.

Em 2017, ele ganhou as manchetes ao entrar com uma ação judicial contra a Cherwell School, após ser demitido por supostamente discriminar uma aluna transgênero, identificada apenas como estudante A.

Durante uma aula de matemática, o professor disse “Muito bem meninas” na presença da aluna A, o que a deixou furiosa. Joshua tentou amenizar a situação, pedindo desculpas à estudante.

Mas, apesar do trabalho exemplar do professor e de não ter recebido nenhuma orientação da escola em como tratar a aluna A, Joshua foi investigado e demitido da Cherwell School.

Perseguido em mais uma escola

Logo depois, o cristão passou a trabalhar na St Aloysius RC College, no norte de Londres, onde mais uma vez, foi perseguido devido à sua fé.

Joshua compartilha o Evangelho através de vídeos de apologética cristã em seu canal no YouTube. Após um ano atuando na nova escola, o pai de um aluno reclamou de um dos vídeos em que o professor afirma que “Maomé é um falso profeta”.

Em novembro de 2019, ele foi suspenso por uma semana devido a reclamação do pai. Então, Sutcliffe decidiu que seria melhor se demitir.

"Porque já havia acontecido antes, fui bastante rápido em dizer: 'Ok, vou encontrar outra coisa para fazer'”, explicou ele, em uma entrevista ao Premier Christianity.

Mesmo depois de Joshua ter resolvido os problemas com as duas escolas, a TRA investigou sua conduta. 

Investigado

Além de ser acusado de confundir o gênero da aluna A, de má condução profissional, Sutcliffe também foi investigou por fazer comentários sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo, respondendo a perguntas de um aluno em uma reunião da União Cristã.

No início deste ano, ao final de uma audiência, o TRA afirmou que Joshua era "intolerante" e que estava “convencido de que era culpado de conduta profissional inaceitável e conduta que pode trazer descrédito à profissão”.

O cristão reafirmou que a doutrinação LGBT é prejudicial às crianças. “Acredito que afirmar crianças em confusão de gênero na sala de aula é psicologicamente prejudicial para elas. Eu me recuso a ir contra minha consciência e causar mal a uma criança e me recuso a me desculpar por isso”, disse.

E acrescentou: “Doutrinar crianças em todo o país a se curvar diante da celebração da bandeira do orgulho gay, mas se as crenças cristãs forem levantadas ou expressas na sala de aula, você pode ter sua carreira e vida dilaceradas. Fui perseguido e tive todas as partes da minha vida examinadas por expressar minhas crenças e a verdade biológica”.

Para Joshua, desde o início, o alvo não era seu profissionalismo, mas sua fé. “A matemática sempre foi uma grande alegria para mim; meu histórico de ensino é exemplar e sempre fui respeitoso com todos. Este caso não era sobre minha capacidade de ensinar, mas sobre eu ser um cristão e acreditar no Evangelho e no senhorio de Jesus Cristo”, concluiu.

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