Professor trans se fantasia de Barbie para alunos de 7 anos em escola pública do MS

Parlamentares denunciaram a ação do educador e pediram providências à Secretaria Municipal de Educação de Campo Grande.

fonte: Guiame, com informações de Revista Oeste e Correio do Estado

Atualizado: Quinta-feira, 13 Fevereiro de 2025 as 10:06

Emy Mateus Santos recebeu os alunos fantasiado de Barbie. (Foto: Reprodução/X).
Emy Mateus Santos recebeu os alunos fantasiado de Barbie. (Foto: Reprodução/X).

Um professor trans recebeu seus alunos de 7 anos fantasiado de Barbie na Escola Municipal Irmã Irma Zorzi, em Campo Grande (MS).

A atitude de Emy Mateus Santos, que se identifica como mulher, fez parte de uma dinâmica de volta às aulas na segunda-feira (10), e gerou críticas nas redes sociais e de políticos conservadores.

Um vídeo mostrando a interação do trans fantasiado com as crianças foi publicado nas redes sociais pela própria escola, conforme o portal Top Mídias News.

“A nossa professora de arte, Emy, traz essas dicas incríveis para que o primeiro dia de aula seja divertido e acolhedor”, afirmava a publicação, que não está mais disponível.

No vídeo, o professor de Artes Cênicas, Teatro e Dança conversa com os alunos e pergunta qual suas idades. As crianças respondem: “Sete”.

Parlamentares denunciam o caso

O deputado estadual João Henrique Catan (PL) denunciou o caso na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), na terça-feira (11).

“Um professor da Rede Pública Municipal está mostrando para alunos de sete anos de idade como se veste montada de travesti. Um homenzarrão querendo levar a ideia para alunos de sete anos de idade que o professor homem precisa ter tetas. Eu quero saber quem é esse diretor que permitiu que o professor entrasse dentro da sala de aula fantasiado de travesti. Quer dizer que esse é o dress code? Esse é o uniforme? Isso está no plano de ensino? Está no conteúdo pragmático?”, questionou o parlamentar.

Catan afirmou que enviou uma denúncia à Secretaria Municipal de Educação de Campo Grande (Semed), pedindo providências.

O vereador André Salineiro (PL) também se manifestou contra a ação do trans, em vídeo nas redes sociais. Ele informou que protocolou um ofício pedindo que um procedimento administrativo disciplinar seja aberto pela Semed contra o professor.

Para Salineiro, o trans promoveu um conteúdo de orientação sexual às crianças. “Não podemos aceitar isso como normal. Para deixar bem claro, a orientação sexual deve ser feita pelos pais às crianças e não pela escola”, defendeu ele.

Secretaria de educação diz que fantasia é “recurso pedagógico”

A Secretaria Municipal de Educação de Campo Grande divulgou uma nota afirmando que abrirá um procedimento administrativo para investigar o caso, “com o objetivo de garantir a transparência e a correção dos fatos, se desacordo com as diretrizes curriculares e normas disciplinares".

Entretanto, a Semed observou que o uso de fantasia por professores é comum na rede pública de Campo Grande.

“É importante destacar que diversos professores adotam o uso de fantasias e caracterizações como recurso pedagógico, buscando tornar o processo de ensino mais lúdico, dinâmico e envolvente para as crianças, desde que vinculado ao plano de ensino e currículo”, afirmou.

Emy Mateus Santos se manifestou nas redes sociais, alegando que seu plano de aula estava “correto” e tinha o objetivo de trabalhar a “criatividade e imaginação das crianças”

“Sou uma profissional, uma educadora, estudei para isso, sou uma mulher trans, sou travesti, essa é minha identidade, arte é arte, foi um dia especial na escola, fui convidada a me fantasiar para receber as crianças de forma diferente para o primeiro dia de aula!”, escreveu.

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