![Emy Mateus Santos recebeu os alunos fantasiado de Barbie. (Foto: Reprodução/X).](https://thumbor.guiame.com.br/unsafe/840x500/top/smart/https://media.guiame.com.br/archives/2025/02/13/2425766674-trans.webp)
Um professor trans recebeu seus alunos de 7 anos fantasiado de Barbie na Escola Municipal Irmã Irma Zorzi, em Campo Grande (MS).
A atitude de Emy Mateus Santos, que se identifica como mulher, fez parte de uma dinâmica de volta às aulas na segunda-feira (10), e gerou críticas nas redes sociais e de políticos conservadores.
Um vídeo mostrando a interação do trans fantasiado com as crianças foi publicado nas redes sociais pela própria escola, conforme o portal Top Mídias News.
“A nossa professora de arte, Emy, traz essas dicas incríveis para que o primeiro dia de aula seja divertido e acolhedor”, afirmava a publicação, que não está mais disponível.
No vídeo, o professor de Artes Cênicas, Teatro e Dança conversa com os alunos e pergunta qual suas idades. As crianças respondem: “Sete”.
Professor dá aula para crianças de 7 anos vestido de mulher em escola de Campo Grande. O vídeo foi postado pelo próprio professor no perfil o perfil @afro_queer (Instagram).
— Fernanda Salles (@reportersalles) February 12, 2025
Denúncia do Escola Sem Partido.pic.twitter.com/3vJi8fLKv3
Parlamentares denunciam o caso
O deputado estadual João Henrique Catan (PL) denunciou o caso na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), na terça-feira (11).
“Um professor da Rede Pública Municipal está mostrando para alunos de sete anos de idade como se veste montada de travesti. Um homenzarrão querendo levar a ideia para alunos de sete anos de idade que o professor homem precisa ter tetas. Eu quero saber quem é esse diretor que permitiu que o professor entrasse dentro da sala de aula fantasiado de travesti. Quer dizer que esse é o dress code? Esse é o uniforme? Isso está no plano de ensino? Está no conteúdo pragmático?”, questionou o parlamentar.
Catan afirmou que enviou uma denúncia à Secretaria Municipal de Educação de Campo Grande (Semed), pedindo providências.
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O vereador André Salineiro (PL) também se manifestou contra a ação do trans, em vídeo nas redes sociais. Ele informou que protocolou um ofício pedindo que um procedimento administrativo disciplinar seja aberto pela Semed contra o professor.
Para Salineiro, o trans promoveu um conteúdo de orientação sexual às crianças. “Não podemos aceitar isso como normal. Para deixar bem claro, a orientação sexual deve ser feita pelos pais às crianças e não pela escola”, defendeu ele.
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Secretaria de educação diz que fantasia é “recurso pedagógico”
A Secretaria Municipal de Educação de Campo Grande divulgou uma nota afirmando que abrirá um procedimento administrativo para investigar o caso, “com o objetivo de garantir a transparência e a correção dos fatos, se desacordo com as diretrizes curriculares e normas disciplinares".
Entretanto, a Semed observou que o uso de fantasia por professores é comum na rede pública de Campo Grande.
“É importante destacar que diversos professores adotam o uso de fantasias e caracterizações como recurso pedagógico, buscando tornar o processo de ensino mais lúdico, dinâmico e envolvente para as crianças, desde que vinculado ao plano de ensino e currículo”, afirmou.
Emy Mateus Santos se manifestou nas redes sociais, alegando que seu plano de aula estava “correto” e tinha o objetivo de trabalhar a “criatividade e imaginação das crianças”
“Sou uma profissional, uma educadora, estudei para isso, sou uma mulher trans, sou travesti, essa é minha identidade, arte é arte, foi um dia especial na escola, fui convidada a me fantasiar para receber as crianças de forma diferente para o primeiro dia de aula!”, escreveu.