‘Relógio do Juízo Final’ mantém marcação de 90 segundos para o fim do mundo

Cientistas atômicos dizem que a humanidade enfrenta um nível de perigo sem precedentes.

fonte: Guiame, com informações de CNN Brasil

Atualizado: Quarta-feira, 24 Janeiro de 2024 as 1:22

Cientistas atômicos atualizam o Relógio do Juízo Final. (Captura de tela/YouTube Jovem Pan News)
Cientistas atômicos atualizam o Relógio do Juízo Final. (Captura de tela/YouTube Jovem Pan News)

O mundo está prestes a viver o Apocalipse? Os ponteiros do famoso ‘Relógio do Juízo Final’ ou ‘Relógio do Apocalipse’ como também é conhecido, continuam avançando. Em 2024, ele indica que faltam ‘90 segundos’ para o fim do mundo. Em janeiro de 2023, indicava 100 segundos

O grupo de cientistas nucleares ‘Bulletin of the Atomic Scientists’ atualizou o Relógio (doomsday clock, em inglês) na última terça-feira (23), avaliando quão perto a humanidade está de destruir o mundo, conforme a CNN.

A lógica é simples: quanto mais perto da meia-noite estiverem os ponteiros do relógio, mais próximo estaria também o mundo do seu fim. Os ponteiros avançam em caso de ameaças nucleares, fomes e crise global, tanto econômica quanto de saúde. 

 

O que faz o Relógio avançar?

Embora o Relógio seja controlado por um grupo de cientistas, os cristãos também ficam de olho nele, comparando com as profecias bíblicas, incluindo as guerras, terremotos, doenças, mortes, perseguição aos cristãos e falta de amor nos corações humanos. 

“A guerra na Ucrânia e a dependência generalizada e crescente de armas nucleares aumentam o risco de uma escalada nuclear. A China, a Rússia e os Estados Unidos estão gastando enormes somas para expandir ou modernizar os seus arsenais nucleares, aumentando o perigo constante de uma guerra nuclear por conta de erros ou falhas de cálculo”, diz o Boletim dos Cientistas Atômicos.

As mudanças climáticas também foram citadas como justificativa: “Em 2023, a Terra viveu o ano mais quente de que há registo, além de inundações massivas, incêndios florestais e outras catástrofes relacionadas com o clima que afetaram milhões de pessoas em todo o mundo”. 

Conforme os cientistas, 90 segundos para a meia-noite foi o mais próximo que o Relógio esteve da catástrofe global. “A humanidade enfrenta um nível de perigo sem precedentes”, justificaram. 

“Os líderes e cidadãos de todo o mundo deveriam encarar esta declaração como um aviso severo e responder com urgência, como se hoje fosse o momento mais perigoso da história moderna. Porque pode muito bem ser”, alertaram.

 

O que é o Relógio do Juízo Final?

Para o grupo científico, o relógio é uma ideia de marketing para fomentar a discussão sobre a má qualidade de vida no planeta Terra. 

Apesar da explicação simples, a posição dos ponteiros do relógio é determinada por uma série de cálculos matemáticos complexos que medem a probabilidade real de eventos catastróficos acontecerem. Entre eles estão guerras nucleares, doenças epidêmicas e mudanças climáticas.

Quando a contagem começou, em 1947, o relógio estava a sete minutos da meia-noite. Em meio às tensões nucleares, o relógio chegou a marcar dois minutos para o fim do mundo em 1953. Com o fim da guerra fria, voltou para 17 minutos.

Mas o respiro durou pouco e ele voltou a marcar dois minutos no início deste século, com o avanço das mudanças climáticas e ameaças nucleares da Coreia do Norte. Em 2021 e 2022, o relógio chegou a marcar 100 segundos para a meia-noite, por causa da pandemia da Covid-19 e dos riscos de uma nova corrida armamentista.

 

O que acontece se o Relógio marcar meia noite?

O relógio nunca chegou a bater meia-noite, e Rachel Bronson, presidente e CEO do Boletim de Cientistas Atômicos, espera que isso nunca aconteça: “Não queremos chegar lá”. 

“Quando o relógio bater meia-noite, significa que ocorreu algum tipo de troca nuclear ou mudança climática catastrófica que acabou com a humanidade”, ele concluiu. 



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