Enquanto as nações clamam por paz, alimentação, água, segurança, dignidade e amor, super potências mundiais investem cada vez mais na guerra.
De acordo com um relatório publicado pelo Stockholm International Peace Research Institute (SIPRI), no ano passado, os gastos militares mundiais ultrapassaram a marca de US$ 2 trilhões (equivalente a € 1,8 trilhão ou R$ 10 trilhões).
Comparado com os anos anteriores, este foi o maior número de gastos bélicos desde 2021, quando os gastos globais totais com defesa atingiram US$ 2,113 trilhões, ou seja, 0,7% a mais do que em 2020 e 12% a mais do que em 2012, conforme a DW.
“Mesmo em meio às consequências econômicas da pandemia por Covid-19, os gastos militares mundiais atingiram níveis recordes”, disse Diego Lopes da Silva, pesquisador sênior do Programa de Despesas Militares e Produção de Armas do SIPRI.
Quais nações investem mais em guerras?
O relatório aponta para os países que mais esbanjam dinheiro com as guerras — Estados Unidos, China, Índia, Reino Unido e Rússia, que juntos representaram 62% do total gasto, conforme dados de 2021.
Somente os EUA e a China responderam por 52% dos gastos, segundo o SIPRI. “Os gastos da China aumentaram pelo 27º ano consecutivo, atingindo US$ 293 bilhões, enquanto os gastos da Rússia cresceram pelo terceiro ano consecutivo em 2021”, diz a organização.
Os gastos da Rússia em 2021 aumentaram 2,9%, atingindo US$ 65,9 bilhões, ou 4,1% de seu PIB, segundo o relatório. O aumento russo nos gastos foi auxiliado por preços mais altos para as exportações russas de combustível e ocorreu em um momento em que se preparava para invadir a Ucrânia, disseram especialistas do SIPRI.
Os gastos militares da Ucrânia aumentaram 72% desde a anexação da Crimeia em 2014. Foram gastos US$ 5,9 bilhões, ou 3,2% do PIB do país, em 2021.
Quem gasta mais com guerras na Europa?
De acordo com o relatório, a Alemanha é o terceiro país que mais gasta na Europa: “Os gastos militares totais na Europa em 2021 totalizaram US$ 418 bilhões, 3% a mais do que em 2020 e 19% a mais do que em 2012”.
Os outros dois países são Reino Unido e França. Os gastos também aumentaram na Ásia e Oceania. Já no Oriente Médio houve uma queda no investimento com guerras em -3,3% e nas Américas em -1,2%.
Uma das mudanças mais notáveis nos gastos com defesa veio do Irã, onde o orçamento militar do país aumentou pela primeira vez em quatro anos, chegando a US$ 24,6 bilhões. O financiamento para o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, em particular, cresceu 14% em comparação com 2020.
Who were the 5 largest military spenders in 2021?
— SIPRI (@SIPRIorg) April 24, 2022
1) USA🇺🇸
2) China🇨🇳
3) India🇮🇳
4) UK🇬🇧
5) Russia🇷🇺
Together they accounted for 62% of world military
spending. New SIPRI data out now ➡️ https://t.co/9dsFAulApR pic.twitter.com/7mP3Yfo6gh
O que a Bíblia diz sobre as guerras?
Conforme Daniel 8.19, quando as nações lutam umas contra as outras apontam para o “tempo do fim” e conforme Jesus no Sermão do Monte, em Mateus 24, esse tempo seria marcado por vários sinais, entre eles, “guerras e rumores de guerras”.
Há especialistas que consideram a possibilidade de uma Terceira Guerra Mundial, até mesmo a nível nuclear, mas alguns pastores descartam essa hipótese dizendo que não é isso o que a Bíblia afirma.
O pastor e teólogo Augustus Nicodemus, por exemplo, disse que “o mundo não vai acabar numa guerra nuclear”. Ele enfatizou esse pensamento através das palavras de Jesus: “Ainda não é o fim”, em Mateus 24.
“As guerras são necessárias para mostrar a nossa impotência de resolver os problemas. O homem não consegue viver em paz há mais de dois mil anos”, disse ao sublinhar que nunca houve um ano sequer sem “uma nação brigando com a outra em alguma parte desse planeta”.
“Quando eu olho para as guerras, meu coração se entristece, eu fico temeroso, mas eu sei que ainda não é o fim. Isso só prova que Jesus falou a verdade e isso mostra o quanto precisamos que Ele venha para instalar a paz verdadeira”, disse.
Nicodemus lembra que a humanidade ainda verá muitas calamidades, fomes, catástrofes naturais, terremotos e pestes. “Ele disse que tudo isso aconteceria em vários lugares e assim tem acontecido”, concluiu o pastor ao citar Jesus.