O grupo terrorista Talibã libertou dois americanos que estavam mantidos em cativeiro, após um acordo com os Estados Unidos.
Ryan Corbett e William McKenty foram soltos no Afeganistão, viajaram para o Catar e depois para os EUA, nesta semana, segundo a CBS News.
De acordo com autoridades do Ministério das Relações Exteriores do Afeganistão, os dois americanos foram libertados em troca da libertação de Khan Mohammed, uma figura do Talibã condenado à prisão perpétua em 2008 nos EUA.
Ryan Corbett foi sequestrado pelos terroristas durante uma viagem de negócios em agosto de 2022. Ele morava no Afeganistão desde antes da saída das tropas americanas e da tomada do poder pelos talibãs.
De volta para esposa e filhos
A família de Corbett divulgou um comunicado, agradecendo ao ex-presidente Joe Biden e ao governo do presidente Donald Trump por seus esforços para libertá-lo.
Os familiares ainda agradeceram a Deus por Ryan ter voltado a salvo para sua esposa e seus três filhos.
"Nossos corações estão cheios de gratidão e louvor a Deus por sustentar a vida de Ryan. Esses 894 dias foram os mais desafiadores e incertos de nossas vidas”, afirmou.
No comunicado, a família de Ryan Corbett também prometeu seguir lutando pela liberdade de outros americanos que permanecem reféns dos terroristas.
O contexto em que William McKenty foi sequestrado pelo Talibã não foi divulgado pelas autoridades.
O governo americano emitiu uma nota comemorando o retorno dos dois americanos sequestrados. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Brian Hughes, agradeceu ao Catar por coordenar o retorno dos dois reféns.
Retorno do Talibã ao poder
Três anos atrás, o mundo assistiu perplexo ao retorno do Talibã ao poder no Afeganistão. Para pequena população cristã do país, isso não foi apenas uma mudança política; foi um desastre iminente, com risco de vida, relatou Thomas Muller*, da Portas Abertas.
“Como pesquisador da Portas Abertas, passei os últimos anos documentando as terríveis realidades enfrentadas pelos cristãos afegãos”, conta.
O Talibã imediatamente começou a impor uma interpretação estrita da lei Sharia, segundo a qual a conversão do islamismo ao cristianismo é considerada uma infração capital.
“Eles começaram a caçar qualquer pessoa suspeita de ser cristã, concentrando-se particularmente naqueles que se converteram do islamismo”, relatou Muller.
Ele lembra de relatos que começaram a surgir de cristãos sendo presos, torturados e até mesmo executados. Milhares de cristãos e outras minorias religiosas buscaram refúgio em países vizinhos.
