O presidente dos EUA, Donald Trump, falou no Fórum Econômico Mundial (FEM) na manhã desta quinta-feira (23), para uma plateia de empresários globais reunidos em Davos, na Suíça.
Fundado pelo economista alemão Klaus Schwab, o FEM é uma organização internacional independente que reúne líderes empresariais, governamentais, acadêmicos e sociais para discutir questões globais nas áreas de economia, saúde, meio ambiente e desenvolvimento.
Por meio de videoconferência, Trump reafirmou que a América está entrando em uma “era de Ouro”, antes de explanar sobre algumas de suas ordens executivas emitidas desde sua posse, há quatro dias, em Washington, D.C.
Agenda Woke
Trump disse que, no primeiro dia de seu mandato, assinou uma ordem executiva para encerrar toda a censura governamental (foram assinados aproximadamente 100 decretos no dia da posse).
“Não mais o governo rotulará o discurso dos cidadãos como desinformação ou má informação, termos preferidos dos censores e daqueles que desejam sufocar a livre troca de ideias e o progresso.”
O presidente disse ainda que já agiu para abolir toda a política de diversidade, equidade e inclusão (DEI), por considerá-la discriminatória. Afirmou que, tanto no governo quanto no setor privado, a América novamente será um país baseado no mérito. “Vocês têm que ouvir a palavra mérito”, repetiu.
Sobre o combate à ideologia de gênero, Trump disse que tornou política oficial dos EUA que “agora só há apenas dois gêneros, homem e mulher, masculino e feminino”.
Ele afirmou ainda que não haverá nenhum homem participando em esportes femininos, além de cirurgias transgênero, que serão muito raras.
Outra ordem executiva citada pelo presidente americano como “histórica” foi para “encerrar a instrumentalização da justiça contra o povo americano e contra os políticos”, visando restaurar o equilíbrio do estado de direito.
‘Políticas extremistas e esquerdistas’
Trump gastou a maior parte do tempo em que falou, no quarto dia da conferência em Davos, apresentando alguns dados econômicos dos EUA que considera ruins, afirmando que são resultados de “políticas extremistas e esquerdistas que criaram calamidade.”
O presidente americano disse que pretende alterar esse cenário com novas políticas para beneficiar a população de seu país, que irão diminuir os juros, baixar a inflação e aumentar o emprego.
Após sua fala, Trump respondeu perguntas de alguns CEOs que estavam no palco, como Brian Moynihan, CEO do Bank of America, Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase, e Rami Ghanem, presidente do Santander.
Ele acusou os CEOs do Bank of America e do JPMorgan Chase de não fornecerem serviços bancários a conservadores, pedindo que passassem a fazê-lo.
O JPMorgan Chase negou que feche contas por motivos políticos, expressando disposição para trabalhar com o novo governo e o Congresso em questões regulatórias.