Cerca de 100 líderes evangélicos foram convidados pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para um jantar na Casa Branca na noite de segunda-feira (27). O evento foi oficialmente organizado pela primeira-dama Melania Trump e homenageou as contribuições feitas pelos cristãos no país.
Apelidado como um “jantar oficial” por alguns líderes, o encontro teve a participação de evangelistas, ativistas e pastores como Franklin Graham e Greg Laurie. Também participaram o vice-presidente Mike Pence e o secretário de Segurança Interna Ben Carson.
O encontro foi realizado na Sala de Jantar de Estado, que costuma ser usada para apenas para recepções formais na visita de um chefe de estado, a fim de renovar ou celebrar laços diplomáticos.
“Estamos aqui para celebrar a herança da fé, família e liberdade dos EUA”, disse Trump aos líderes. “Como vocês sabem, o governo tentou minar a liberdade religiosa nos últimos anos, mas os ataques às comunidades religiosas acabaram. Nós acabamos com isso”.
O presidente americano destacou as medidas de seu governo para proteger a liberdade religiosa para os conservadores que se opõem a temas como aborto ou ideologia de gênero, além de citar a perseguição religiosa em todo o mundo.
Antes do jantar, Trump se reuniu em particular com alguns líderes evangélicos e suas esposas, incluindo o filho do evangelista Billy Graham, a televangelista Paula White e o pastor Jack Graham, líder da megaigreja Prestonwood Baptist Church, no Texas.
Donald Trump inclina a cabeça em oração ao lado da pastora Paula White na Casa Branca. (Foto: AP Photo/Alex Brandon)
Em entrevista ao The Christian Post, Jack Graham revelou que Trump deu espaço aos líderes para se pronunciarem durante cerca de 40 minutos. “Eles disseram o que gostamos e com o que nos preocupamos, expressando nossa fé e nosso amor. Foi muito semelhante a uma reunião que você teria em uma igreja”, disse Graham.
“Com tantos pregadores e líderes cristãos na sala, acreditamos que o Espírito de Deus estava muito presente. As Escrituras foram compartilhadas, versículos foram entregues ao presidente. A verdade e o amor foram entregues”, acrescentou.
Oração em destaque
Graham também relatou que alguns líderes destacaram a importância de orar e vigiar. “Precisamos manter nossa vigilância nos próximos dias. Esta é uma batalha espiritual, e essa batalha é vencida de joelhos. Dissemos ao presidente que precisamos orar por ele e pelo nosso país”.
Durante o jantar, muitas orações foram direcionadas a Trump, segundo o pastor. “Servi cinco presidentes nos últimos 38 anos e este talvez tenha sido o evento mais emocionante”, disse o escritor e locutor James Dobson.
“Houve orações sinceras pelo presidente e pela primeira-dama, e também pelo vice-presidente Mike Pence e sua esposa, Karen. Foi um encontro comovente e encorajador, acho que tanto para os convidados como também para o nosso presidente”, completou Dobson.
Donald Trump em discurso no jantar para líderes evangélicos na Casa Branca. (Foto: AP Photo/Alex Brandon)
O jantar ainda contou com participações de outros membros notáveis do governo, como os conselheiros sênior da Casa Branca, Ivanka Trump e seu marido, Jared Kushner.
Jantar oficial
O jantar acontece depois que uma reunião semelhante envolvendo cerca de 50 líderes evangélicos foi realizada na Casa Branca em maio do ano passado, antes do Dia Nacional da Oração.
A diferença entre o jantar desta segunda-feira e de maio, segundo Graham, é que o último jantar foi menos estruturado e permitiu uma “conversa” mais próxima entre os líderes e o presidente.
“Foi basicamente como um jantar oficial da maneira como foi organizado com o presidente, vice-presidente, membros do gabinete e assim por diante. É a primeira vez que alguém vê um presidente em exercício nos EUA reunindo evangélicos em um jantar oficial”, afirmou Graham.
“Nós oramos por uma oportunidade de falar com o presidente dos EUA, ter voz e uma porta aberta para expressar nossas opiniões. Agora temos um presidente que quer nos ouvir”, destacou Graham, que tem sido ativo em seu envolvimento informal com o governo. “A resposta para qualquer um que diz que isso é bajulação é: ele está cumprindo suas promessas”.