Trump toma ‘medidas sem precedentes’ para combater o antissemitismo nos EUA

Ordens executivas pretendem combater o aumento de incidentes antissemitas nas universidades e nas ruas desde os ataques terroristas em Israel.

fonte: Guiame, com informações da Casa Branca

Atualizado: Sexta-feira, 31 Janeiro de 2025 as 3:02

Donald Trump em evento organizado pela Turning Point USA em 2019. (Foto: Gage Skidmore/Wikimedia Commons)
Donald Trump em evento organizado pela Turning Point USA em 2019. (Foto: Gage Skidmore/Wikimedia Commons)

Em uma medida decisiva para enfrentar o crescente antissemitismo, o presidente Donald Trump assinou dois decretos, um na quarta-feira (29) e outro na quinta (30), mobilizando todos os recursos federais para combater a crescente onda de antissemitismo nos EUA.

Conforme comunicado da Casa Branca, o primeiro decreto surge em resposta ao aumento de incidentes antissemitas nas universidades e nas ruas desde os ataques terroristas de 7 de outubro de 2023. 

Ele exige que departamentos e agências federais revisem suas autoridades criminais e civis para combater o antissemitismo e relatem suas ações à Casa Branca dentro de 60 dias.

O segundo decreto foca em ações concretas e imediatas, como a “proteção da lei e ordem, o combate ao vandalismo e à intimidação pró-Hamas, e a investigação e punição do racismo anti-judaico em universidades de esquerda e antiamericanas”. 

As ações do Departamento de Justiça incluem o processamento de "ameaças terroristas, incêndios criminosos, vandalismo e violência contra judeus americanos" e a mobilização de todos os recursos federais para combater a "explosão do antissemitismo" desde o ataque terrorista em solo israelense. 

A ordem também prevê a deportação de estrangeiros que violarem as leis durante protestos anti-Israel.

As medidas também visam garantir que aqueles que promovem o ódio e a violência não encontrem refúgio nos EUA.

Vistos cancelados

A Casa Branca ressaltou que esta ordem é parte de um esforço contínuo para proteger todas as comunidades religiosas e garantir que os EUA permaneçam um lugar seguro para todos. 

Segundo o decreto, estudantes de universidade “comemoraram o estupro em massa, sequestro e assassinato [perpetrado] Hamas”.

Além de “impedirem fisicamente os judeus americanos de frequentar as aulas da faculdade, obstruíram sinagogas e agrediram fiéis e vandalizaram monumentos e estátuas americanas”.

"Não toleraremos o antissemitismo em nenhuma forma", afirmou Trump. "Estamos comprometidos em usar todos os recursos à nossa disposição para erradicar esse ódio e proteger nossos cidadãos."

"Para todos os estrangeiros residentes que se juntaram aos protestos pró-jihadistas, nós os encontraremos e os deportaremos em 2025", disse Trump. "Também cancelarei rapidamente os vistos de estudante simpatizantes do Hamas nos campi universitários."

Os decretos foram recebidos com apoio por várias organizações judaicas e grupos de direitos civis, que elogiaram as medidas concretas contra o antissemitismo. No entanto, críticos alertam que a ordem pode ser usada para reprimir a liberdade de expressão e protestos legítimos.



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