
Kelsey Decker viveu durante anosoprimida após traumas de infância que a levaram a buscar refúgio no ocultismo e na prostituição.
Após o divórcio dos pais, a mãe de Kelsey se envolveu com cartas de tarô, cristais, horóscopos e médiuns. Conforme cresceria, ela também começou a ser atraída por influências demoníacas.
“Eu tinha o dom da visão espiritual, mas ainda não conhecia o Espírito Santo, então eu estava olhando na direção errada”, disse ela à Revive.
Aos 7 anos, Kelsey foi abusada sexualmente e aos 14, ela viveu novamente esse trauma: “Foi como se o diabo tivesse acesso legal à minha vida”.
Depois disso, Kelsey ficou deprimida e passou a ouvir vozes que a levaram a tentar o suicídio.
Nesse período, ainda tentando preencher um vazio, ela se tornou viciada em cocaína e começou a ter “encontros sexuais casuais”. Então, acabou engravidando e fazendo um aborto.
Prostituição
Aos 18 anos, Kelsey se juntou a uma seita e relembrou: “Eu pensei que estava me aproximando da 'iluminação', mas estava apenas me afastando de quem eu era”.
Segundo Kelsey, ela era forçada a ter relações sexuais "para crescimento espiritual" e até mesmo iniciada em rituais que envolvem magia de sangue. Além disso, ela também se prostituia enquanto “trabalhava” como dançarina em boates e em sites pornograficos.
“Eu achava que estava no controle porque concordei. Mas, na realidade, eu estava me entregando às forças demoníacas repetidamente. E parecia que eu não tinha saída”, afirmou ela.
Ao mesmo tempo, ela liderava rituais lunares e se apresentava como uma curandeira e treinadora da nova era: “Eu queria curar os outros, enquanto eu mesma estava quebrada”.
Em 2020, Kelsey foi para Londres para encontrar um homem que a iniciou na magia do sangue anos antes. Ele lhe prometeu cura, iluminação e um novo futuro, porém, Kelsey se viu presa a meses de manipulação mental, violência doméstica, uso de drogas e tentativas de "exorcismo".
Uma noite, ela foi convidada para ir à igreja. No culto, o pastor alertou contra práticas ocultistas e ela contou: “Tudo em mim se despedaçou. Minha vida passou diante dos meus olhos. Foi como se Deus dissesse: 'Esta é a verdade. Escolha agora'".
Naquela noite, Kelsey voltou para casa, pegou a Bíblia que seu pai lhe enviou e começou a ler. Ela orou, pediu perdão a Deus e entregou sua vida a Jesus.
"Essa foi a minha salvação. Sem pastor, sem treinador, sem ritual — só Jesus”, disse ela.
Novo propósito
Quatro meses após sua conversão, Kelsey foi batizada: “Pela primeira vez na vida, me senti segura e havia silêncio na minha cabeça. Tive uma libertação radical de talvez uma legião de demônios, mas nenhum se manifestou. Foi simplesmente lindo, tranquilo e amoroso”.
E continuou: “Experimentei uma paz que nunca havia conhecido. Foi como se tudo tivesse desaparecido de mim”.
O pastor de 80 anos que a batizou relatou: "Vi demônios saindo de Kelsey quando ela saiu da água”.
Em seguida, Kelsey cortou todas as alianças espirituais demoníacas e começou seu processo de libertação e discipulado: “Estou deixando de lado 40 anos de mentiras, mas o Espírito Santo está me ajudando passo a passo”.
“Deus disse que eu teria um ministério para evangelizar strippers, prostitutas e vítimas de tráfico sexual. Um mês após minha libertação, Ele me enviou de volta para a América para ficar com minha filha e restaurar nosso relacionamento”
Distrito da Luz Vermelha. (Foto: Reprodução/Facebook/Kelsey Decker)
Nove meses após sua libertação, ela passou por um treinamento e começou a ir até prostitutas com equipes da Morning Glory Ministries, uma organização evangélica sem fins lucrativos.
“As levei a Jesus. O trabalho não só curou outras pessoas, mas também a mim. Vi milagres e sinais, mulheres deixaram a prostituição, nós as ajudamos, as trouxemos a um encontro com Deus e as discipulamos”, testemunhou ela.
Tempos depois, ela recebeu uma mensagem de Frits Rouvoet, do Bright Fame, um ministério que atua no Distrito da Luz Vermelha, em Amsterdã, a convidando para uma ação evangelística: “Participei de atividades missionárias no Distrito da Luz Vermelha e passei muitas noites lá”.
“Não fui salva porque fiz algo certo. Fui salva porque Jesus é bom. Ele veio a mim quando eu não queria mais viver. Cristo morreu por mim quando eu estava me destruindo. Agora vivo para fazê-Lo conhecido”, concluiu ela.