James Nixon aprendeu com seus pais que para receber o amor de Deus era preciso conquistá-lo. “Isso fervia em mim quando criança. E então acabei buscando caminhos de quebrantamento de todas as maneiras diferentes”, conta.
Esse ensinamento equivocado o fez ter uma visão errada de Deus. “Achei que Deus estava bravo comigo, que era um Deus muito crítico e irado ... e que não queria nada comigo, então deixei de me preocupar com isso”, diz James.
Vivendo em um lar que acabou se desfazendo, James começou a refletir sobre aquela situação.
“Então eu estava tentando pesquisar [e perguntar] ‘quem sou eu? Por que estou aqui?' E estava bravo com minha vida doméstica ... com minha família, com o ambiente em que estava crescendo”, lembra.
Preencher o vazio
Nesse turbilhão de pensamentos, James diz que começou a usar drogas ainda jovem, provavelmente por volta dos 12 anos.
“Estava usando pílulas, cocaína, maconha, esse tipo de coisa. Eu estava procurando por tudo que pudesse tocar, saborear, sentir, para tentar preencher um vazio", conta.
James diz que mesmo assim, ele ainda ansiava por uma conexão espiritual e, encorajado por sua mãe, juntou-se aos maçons.
“[Eles] dizem que você é seu próprio Deus. Que você pode fazer todas as coisas. Que você não precisa de Jesus para ser o seu caminho de volta para Deus”, relata.
‘Não quero mais essa vida’
Durante sua adolescência, James continuou usando drogas, roubando e cometendo pequenos crimes. Então, em 2005, ele recebeu um alerta quando foi preso por arrombamento.
“Era só eu no carro. E me lembro de ter a consciência muito aberta, porque ou estaria na cadeia ou na prisão o resto da minha vida, ou acabaria morrendo de overdose de drogas”, diz ele.
“E me lembro de pensar comigo mesmo, na traseira do carro da polícia: 'Não quero mais viver esta vida’. E a partir daí Deus começou a enviar pessoas do nada nos próximos meses. Lembro-me de pessoas me convidando para ir à igreja”.
Após receber liberdade condicional e começar a prestar serviço comunitário, James começou a reorientar sua vida. Ele conta que renunciou aos maçons, parou de usar drogas e começou a frequentar a igreja.
Ele diz que um domingo, durante o culto, entendeu que precisava de um salvador.
“Então eu entreguei minha vida a Jesus em 2 de fevereiro de 2005. E, a partir daí, eu simplesmente estava pegando fogo por Deus, saindo de tanta escuridão.”
Mentalidade religiosa
James até frequentou o seminário, mas apesar do zelo por sua fé recém-adquirida, ele ainda acreditava que precisava conquistar o amor de Deus.
“Deus está bravo comigo de novo – a mentalidade religiosa me colocou de volta na escravidão por cerca de 11 anos e meio”, diz.
“Essa mentalidade religiosa era uma espécie de fortaleza em minha vida. … Eu me encontrava voltando ao materialismo, imoralidade sexual, pornografia, apenas tipos diferentes de coisas em momentos diferentes.”
James relata que, finalmente, aos 28 anos, percebeu que algo precisava mudar. Tarde da noite, ele ligou para seu amigo Joshua Kelley e pediu que fosse orar com ele.
Gritos e convulsões
Ele e o amigo ficaram chocados com o que aconteceu a seguir. “Ele estava sentado no meu banco do passageiro”, diz James. “E quando ele começou a orar por mim, eu simplesmente comecei a manifestar gritos e manifestações completas das quais eu não tinha ideia.”
Seu amigo Josh relembra o acontecimento:
“Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa além de 'Pai', ele começou a gritar e ter convulsões. Essa foi a primeira vez que testemunhei qualquer tipo de manifestação. E fiquei um pouco assustado, mas senti o poder de Deus ali. 'É isso. Isso é real.'"
Joshua Kelley, amigo de James que o ajudou em oração. (Captura de tela/CBN News)
Nas duas horas seguintes, os dois ficaram orando no carro.
“Eu perguntava a Josh: 'O que há de errado comigo? O que está acontecendo? Tipo, eu amo Jesus. Eu não fazia ideia. E ele não tinha uma explicação para aquilo naquele momento. E estávamos apenas confiando em Deus”, lembra James.
“Então, ele continuou orando por mim. E ele estava sendo guiado pelo Espírito para falar sobre as coisas enquanto ouvia o Senhor dizer: ‘Ei, ore para que ele tire isso. Expulse isso’”.
Conhecendo o amor de Deus
James diz que chegou a uma conclusão diferente sobre o verdadeiro caráter de Deus: "Ele te ama tanto. ... Ele quer você como filho, como noiva, como homem e como mulher”.
James está engajado e iniciou um ministério para ajudar as pessoas a compreenderem que o amor de Deus não é algo que se conquista; é um presente gratuito para receber.
“Existe essa mentalidade de que 'tenho que conquistar'. Mesmo que Jesus tenha vindo e pago tudo para que eu me reconciliasse, para que eu fosse uma criança, para que eu estivesse em paz”, diz James.
“Jesus diz em Mateus 11: 'Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei a vossa alma.' E enquanto estamos nos divertindo, ‘Vão e façam discípulos de todas as nações. Vá e batize em Meu nome.' Não é um 'faça' e depois 'seja'. É um 'ser' e então você pode 'fazer'. Ele é um bom Pai e quer me preencher e quer me libertar. E essa é a mensagem que pregarei até o dia da minha morte.”
