Um menino chamou atenção nas redes sociais ao testemunhar em uma igreja que orou e jejuou para que seu pai enfermo deixasse de usar sonda. A fé da criança emocionou milhares a crer no poder da oração.
Em uma igreja no Paraná, Davi Lucas subiu no altar e disse: “Oi! Hoje eu quero testemunhar o meu jejum que eu fiz para o meu pai melhorar. Vi que ele tava com a sonda e estava atrapalhando muito ele. Então, eu fiz um jejum de uma semana”.
E continuou: “No dia seguinte, quando eu vim da escola, minha mãe falou: ‘Davi, quando você chegar no quarto vai ter uma surpresa’. E quando eu cheguei, meu pai tinha tirado a sonda’”.
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Nesse momento, o menino se emocionou e a igreja glorificou a Deus pelo testemunho de fé da criança.
‘Ele é um milagre’
Davi é filho de Thais Davelli e Lucas Daniel. Em 2023, Lucas foi atropelado por um motorista embriagado enquanto lavava sua moto na calçada de casa, em Paranavaí, no noroeste do Paraná.
O acidente ocorreu na Avenida Guanabara, no Jardim Marumbi, onde Lucas foi socorrido em estado grave e encaminhado ao hospital.
Thais e Davi estavam dentro do quintal e presenciaram o incidente: "Ele estar vivo é um milagre. O Senhor colocou a mão e não deixou que nada pior acontecesse, porque o carro não conseguiu chegar até o final. O carro iria esmagar ele no muro, mas ele não conseguiu chegar até o fim", disse ela ao g1, na época.
Segundo ela, Lucas havia comprado a moto dois dias antes do atropelamento. Ele trabalhava em uma distribuidora de bebidas e realizava serviços de jardinagem após o expediente. Sérgio Henrique da Silva Nazário, homem que atropelou Lucas, confessou à polícia ter ingerido bebida alcoólica e não possuir Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
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No Instagram, Thais compartilha atualizações sobre o estado de saúde do marido, que sobreviveu ao acidente com sequelas.
Lucas sofreu um traumatismo craniano e lesão axonal difusa devido a 2 paradas cardiorrespiratórias. Além disso, teve o cérebro lesionado em 90%, um quadro de convulsão, febre e taquicardia.
‘Oramos e clamamos a Deus’
A lesão axonal difusa é um tipo grave de traumatismo no cérebro. Ela acontece quando as fibras nervosas são danificadas por impactos fortes, como em acidentes, e pode causar coma prolongado e sequelas neurológicas. Os sintomas variam de leves até casos mais graves, como o estado vegetativo.
“Foram 15 dias de UTI. Dias de muito medo, dúvida e insegurança. Pois esse quadro poderia evoluir para uma morte cerebral. O estado de saúde na 1ª semana era muito crítico, não havia perspectiva de vida, cérebro inchado tomando os antibióticos mais fortes que havia no hospital e a febre não cessava”, contou a esposa.
Contudo, apesar das circunstâncias, ele declarou: “Nos posicionamos. Oramos todos os dias de madrugada às 3h da manhã intercedendo pela vida dele. Até que ele foi reagindo a melhora veio. Então, ele pode ter alta para o quarto de enfermaria”.
E continuou: “Ali, podíamos respirar um pouco mais aliviados, em saber que o pior já havia passado. Foi quando me lembro perfeitamente do neurocirurgião entrando no quarto e dizendo: ‘Achei que este dia não iria chegar’. Ele falou isso porque sabia que as chances de o Lucas sobreviver eram mínimas. Todos esperavam que ele tivesse morte cerebral”.
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“E lá se foram 18 dias no quarto de enfermaria: não abria os olhos, não tinha reflexo à dor e não apresentava movimento em nenhum membro do corpo. Mas continuávamos a orar e a clamar a Deus para que o dia da alta chegasse”, acrescentou.
Hoje, Lucas faz tratamentos com fisioterapeutas e a família continua testemunhando avanços, enquanto permanece crendo na restauração completa de sua saúde.